De uns dias para cá o discurso comum é o de que a Copa das Confederações ficou para trás e que aquele Brasil não é esse Brasil, mas sobretudo que aqueles adversários não são mais esses adversários. Com isso, que provavelmente veio de Felipão, o elenco enterra de vez as cobranças e comparações com aquele time que encantou o brasileiro, desaguando na final do Maracanã diante da Espanha, que também não é mais a mesma. O que Daniel Alves se esforçou para deixar claro é que aqueles rivais não estavam concentrados o bastante na competição para fazer frente ao Brasil, diferentemente de agora, em que todos querem ganhar.
Daniel até admitiu timidamente que há jogadores na seleção que ainda não renderam o esperado, ele próprio foi duramente criticado contra a Croácia por deixar uma avenida em suas costas. Fred e Paulinho são outros dois que ainda não deram o ar da graça nesta disputa. Então, caro torcedor, além de não esperar aquele desempenho de um ano atrás da seleção agora na Copa, também tenha paciência com alguns jogadores, que ainda estão devendo. Esse foi o recado.
De qualquer maneira, o lateral defendeu o caminho traçado por Felipão para a seleção e diz que o time não deve abrir mão dele, mesmo se para isso os jogadores tenham de tapar os ouvidos e fechar os olhos para tudo o que vem de fora. O Brasil prega respeito a Camarões, como manda a cartilha dos mais fortes diante dos mais fracos, mas ninguém na Granja espera menos que um jogo bom, de muitos dribles e jogadas bonitas e, claro, gols, muitos gols. Camarões é o rival para encaminhar a classificação e, mais que isso, recuperar a confiança do torcedor pelos rincões do Brasil.