Os pecados são conhecidos, e cada vez mais ressaltados pela torcida e por quem pensa diferente do presidente. Não digo que esses pecados não existissem no passado. Ocorre que em tempos remotos o time levantava taças pesadas e importantes em sua história. Esse hábito começa a desaparecer e aí tudo que se empurra para debaixo do tapete ou se perde nas celebrações da conquista começa a aparecer. Essa é a situação de momento do Morumbi.
O São Paulo parou no tempo, embora ainda viva de seu passado. O clube sempre carregou a pecha de arrogante por se colocar na vanguarda, mantendo seus treinadores independentemente dos resultados de campo, erguendo centros de treinamentos modernos, amarrando patrocinadores endinheirados. Nada disso parece fazer mais parte do Tricolor de 2012, de seus dirigentes e do futebol que mostra. O São Paulo se apequenou sem se dar conta. Neste Brasileirão, por exemplo, o São Paulo se junta ao Atlético-GO como únicos times a trocar de treinador. Erro grotesco na competição. Não se tem notícia de um campeão nessas circunstâncias.
A diretoria tomou o maior chapéu na venda de Oscar. Recebeu R$ 15 milhões do Inter, que agora repassa o garoto para o Chelsea por R$ 80 milhões. Lucas, o menino de ouro, começa a dar sinais de que quer ir embora, mesmo a contragosto de Juvenal, à espera de uma oferta mais portentosa. O menino deseja sair já. A torcida, motivo de piada, já não acredita mais na competência dos líderes do clube e vira as costas para o time. A derrota para o Vasco, como disse, foi apenas mais um capítulo do atual momento do São Paulo.