Robson Morelli
06 de agosto de 2020 | 08h40
O sucesso de Jesus no Flamengo não valorizou todos os treinadores portugueses, embora a diretoria do Santos tenha caído nesse conto. A contratação de Jesualdo Ferreira para comandar o time da Vila esbarrou neste erro grotesco, por mais que o presidente dissesse que estava trazendo um comandante experiente e de boa visão.
Jesualdo sempre esteve à sombra de Sampaoli e as comparações entre eles nunca deixaram de existir. Os resultados não vieram e a forma de jogar do chefe desmontou aquele Santos que chegou à segunda posição no Brasileirão-2019. Nem de longe Jesualdo ganhou o vestiário. Seu comando logo se perdeu com os resultados ruins. Pegou a pandemia longe de seu país e de sua gente, sem identificação com as coisas do time, e ficou perdido, isolado e sozinho.
Culpa sua? Não. Seu nome não figurava entre os melhores treinadores para o time quando Sampaoli saiu. Jesualdo estava quieto em Portugal, pensando na aposentadoria. Foi uma ‘invenção’ do presidente José Carlos Peres, que não teve sequer a gentileza de mantê-lo no cargo pelo tempo combinado. Atrasos de pagamentos e redução de salários em meio à crise da doença abriram um racha entre elenco, comissão e diretoria.
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