O Palmeiras também aprendeu a marcar gols. Nessas 9 partidas, marcou 19. O time até coleciona algumas goleadas. Isso também faz aumentar a confiança dos jogadores, do técnico e da torcida. Então, do ponto de vista de sua missão, o Palmeiras merece os aplausos que vem recebendo. Para aqueles que esperam, como eu, que a temporada não seja perdida e usada somente com a obrigação de subir, esse Palmeiras deixa a desejar ainda.
Engrosso o coro daqueles que dizem que o time e sua diretoria devem tomar lições e conseguir avançar linhas nessa tarefa de reerguer o clube, a equipe, o envolvimento do torcedor... Então, é preciso fazer mais. Refiro-me a duas questões básicas:
1 - montar um time bom de bola, para essa e para a temporada de 2014, ano do seu centenário. 2 - Jogar com mais qualidade, mesmo na Série B.
Alguém algum dia disse que a Segundona era um campeonato diferente, que precisava ter raça e coração na chuteira para disputá-la. Isso se propagou e agora todo clube da Série B acha que deve montar equipes de gladiadores, jogadores parrudos e trombadores, verdadeiros leões em campo. O Palmeiras não pode entrar nessa e deve continuar sua perseguição a bons jogadores no mercado. Ganha no futebol quem joga melhor que o adversário. pelo menos na maioria das vezes é assim.
O Palmeiras ainda tem muita deficiência, embora comece a mostrar condição técnica interessante. A volta de Valdivia melhorou o futebol do time. O chileno toca na bola com mais graça e inteligência que os companheiros, não há dúvidas. A bronca com ele é seu pouco envolvimento com o Palmeiras, a sequência de contusões (e ele tem culpa nisso porque não se cuida direito) e o ar de "não estou nem aí para a equipe". A chegada de Alan Kardec também deve aumentar essa qualidade. O atacante mostrou isso em dois lances apenas contra o Figueirense: uma cabeçada que acabou no gol de Valdivia e uma jogada de corpo (abriu as pernas) que enganou a marcação para chute perigoso de Wesley.
É fundamental que o Palmeiras encontre agora dois laterais de mais estofo, personalidade, técnica e inteligência. Kleina precisa ter nessas posições atletas para quem os outros passem a bola e tenham a certeza de que alguma boa jogada será feita. Não é o caso nesse momento. Luís Felipe e Juninho não são esses caras. O bom é que o time está somando pontos e isso dá à diretoria mais tempo e tranquilidade para fazer as escolhas certas, sem pressão, para agora e para 2014.