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Opinião|Os 4 a 2 contra a Chapecoense darão novo ânimo ao Palmeiras. Já não era sem tempo

Nada está definido ainda e o time corre riscos se não ganhar o próximo jogo, quarta, contra o Botafogo, mas agora em condição um pouco mais favorável, fora, por exemplo, da Z-4

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Atualização:

É preciso tirar alguns indicativos do que foi o Palmeiras contra a Chapecoense. A vitória de 4 a 2 mostra, sobretudo, que há esperança para o torcedor do ano do centenário do clube. Esperança no sentido de escapar da degola se os jogadores conseguirem acertar o mínimo possível dentro de campo, o que não vinha acontecendo até então. É claro que nada está encaminhado ainda e a Chapecoense era o adversário que o Palmeiras precisa nesse momento do Brasileirão. Houve sustos, como sempre, mas também alguns acertos desta vez.

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Dorival Junior mostrou para todo mundo ver que o Palmeiras tem comando. Ficou claro isso quando ele mandou Henrique bater os pênaltis, principalmente o primeiro. Cristaldo estava com a bola nas mãos, pediu para cobrar, colocou a pelota na marca da cal, mas não chutou. Dorival, do banco, deu a ordem para Henrique chutar, certamente pelas cobranças do atacante nos treinamentos da Academia. O comando é necessário o tempo todo, sobretudo na fase em que o Palmeiras se encontra.

A defesa cometeu os mesmos erros de sempre, marcando errado e longe dos adversários. A diferença é que o ataque funcionou. A vontade de correr e ajudar às vezes atrapalha equipes nessas condições, com a corda no pescoço. O Palmeiras tem de ter uma forma de atuar, compacta, com a defesa plantada, porque sofrer gols tem sido seu maior problema. Dorival tem dado passos importantes nesse sentido. Ainda falta muito. Alguns jogadores continuam 'engrossando'.

O fato de um jogador do Palmeiras, Henrique, ser o artilheiro do campeonato também ajuda muito, dá confiança, dá exemplo, deixa o time em evidência positivamente, coisa que não ocorria também há um bom tempo. Isso também vale para o fato de a equipe ter conseguido marcar quatro gols. A confiança volta. O fardo fica mais leve.

Por fim, jogar fora da zona de rebaixamento dá um alento grande aos atletas. É diferente, mesmo que tenha agora de enfrentar rivais mais duros e fortes.

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Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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