O Atlético-MG lavou a alma também nesta decisão da Libertadores com o Olimpia. Com ingressos mais caros que o normal pela importância da competição, a renda no Mineirão registrou recorde: R$ 14 milhões. Esse dinheiro de ingresso começa a fazer peso para alguns times nas temporadas. Veja as maiores rendas deste ano:
1) Atlético-MG 2 x 0 Olímpia - Mineirão - R$ 14.176.146 2) Brasil 2 x 2 Inglaterra - Maracanã - R$ 8.630.430 3) Santos 0 x 0 Flamengo - Mané Garrincha - R$ 6.948.710 4) Brasil 3 x 0 França - Arena Grêmio - R$ 6.833.515
Essas rendas polpudas também são as maiores do futebol brasileiro. Isso tem muito a ver com as novas instalações nos estádios. Com as novas arenas erguidas para a Copa do Mundo, seis delas usadas e mostradas e avaliadas durante a Copa das Confederações, o torcedor descobriu e colocou em sua agenda a opção de se divertir com a família numa partida de futebol. Os assentos numerados ajudam muito nessa nova postura. É claro que valores altos nos ingressos tira o torcedor menos privilegiado financeiramente dos estádios, principalmente aqueles que sempre estiveram com o seu time. Desse modo, é preciso encontrar um meio termo, uma medida que não exclua que não pode pagar preços altos, uma vez que o fiutebol é e deve continuar sendo um esporte popular.
Tenho a sensação também que o futebol, por causa da Copa do Mundo, está sendo revisto por muita gente que já gostava da modalidade, mas que havia deixado de frequentar os estádios por outros motivos, como bagunça e brigas das torcidas uniformizadas, que felizmente deram uma trégua dentro dos campos. Essa combinação ainda tem muito para melhorar, e pode ajudar ainda mais na conta bancária dos clubes. Há uma lista de atrativos: ingressos sendo vendidos com antecedência, facilidades para os sócios-torcedores, mais conforto e comodidade para o público. Ainda não entramos nas fazses dos carnês anuais, dos restaurantes dentro dos estádios, dos estacionamentos bem localizados...