A derrota de 2 a 1 do Flamengo para o Atlético-MG não é um resultado incomum, uma vez que as duas equipes são candidatas a brigar pelo título do Brasileirão. Não deixa de ser um baldo de água fria nos rubro-negros, que amargam duas derrotas seguidas - perdeu também para o Fluminense por 1 a 0 na casa do Corinthians. Rogério Ceni vai sendo empurrado contra a parede. Desde que chegou, nunca teve paz. A pergunta que se faz é se ele vai suportar a pressão e se também a diretoria do Fla vai mantê-lo. As cobranças vêm de todos os lados.
Foto: Flamengo
Nem todos do comando do futebol do clube se dobram ao trabalho do treinador. As cobranças, além da campanha ruim pelo time que tem nas mãos (11º colocado após oito jogos, dois a menos do que a maioria, mas apenas um ponto do Corinthians, por exemplo, que tem um elenco que é muito inferior ao flamenguista), diz respeito às escalações. Torcedores torcem o nariz para as formações de Rogério Ceni, suas substituições e preferências. Os mais exaltados vão às redes sociais bagunçar a vida do técnico, fazem coro por sua saída e ajudam a pressioná-lo no cargo. Há quem diz que ele acabou com tudo o que o sempre lembrado Jorge Jesus construiu. Exagero, claro.
Como disse o próprio Ceni, ele tenta fazer o melhor para o Flamengo. Sabemos, no entanto, que não é bem assim que funciona o futebol. Tem de ganhar e tem de se colocar no alto da tabela. O futebol brasileiro não vai mudar nunca. O fato é que os flamenguistas não olham para esse time e enxergam evolução. A saída de Gerson pesa, mas não pode ser explicação para algumas más partidas. Ceni também não é de pedir o boné a não ser por outro contrato, melhor, mas ele já está no melhor. Do Flamengo, só se for para a Europa. Mas ainda é cedo.