Primeiro Era preciso afastar o diretor Adalberto Baptista. Depois que ele entrou em rota de colisão com Rogério Ceni, sua situação ficou insustentável. Até onde sei, sua condição já era ruim antes mesmo desse bate-boca pela imprensa com o capitão. Esses anos todos de janela me ensinaram duas coisas no futebol: não se briga com chefe nem se discute com ídolo. Adalberto caiu na casca de banana do segundo cenário.
Segundo Paulo Autuori tomou pau em quatro partidas e precisava fazer alguma coisa no elenco para conter esse sangramento tricolor. Com 1 mês de clube, já dá para o técnico fazer uma leitura de quem é quem no seu time. Nesta sexta, decidiu afastar Lúcio, com o aval do presidente Juvenal Juvêncio. O zagueiro já treina sozinho e não vai para o jogo com o Corinthians neste domingo.
Terceiro Ganso também deixa o time para 'pensar' na vida. O jogador andava triste com a fase do São Paulo, e o torcedor mais ainda com o que ele mostra em campo. Ganso precisa se decidir. Há informações de que seus joelhos já não funcionam como antigamente. No São Paulo, ninguém diz isso. Mas também ninguém explica por que o meia não joga bem.
A crise não acaba com essas medidas. Mas elas já são o começo. Alguma coisa precisava ser feita. Luis Fabiano, machucado, e Denílson, em pós-operatório do joelho, de certa forma, ajudaram o treinador a mexer no time. Se não ganhar do Corinthians, o que nesse momento parece difícil, apesar da falta de favoritismo em clássicos, o São Paulo viaja para seu passeio financeiro na Europa e Japão com a pulga atrás da orelha. Tudo porque não se sabe em quais condições voltará ao Brasil. A única certeza é que vai precisar correr atrás de pontos para não se enforcar na competição nacional.
O São Paulo tem 8 pontos em 10 jogos. Está à frente apenas de Ponte Preta (7 pontos em 7 jogos), Atlético-PR (7 pontos em 8 jogos), Portuguesa (7 pontos em 8 jogos) e Náutico (4 pontos em 8 jogos).