Robson Morelli
30 de março de 2019 | 20h15
A convicção do árbitro de campo não pode ser mudada pelo VAR, em hipótese alguma. Se o juiz está convicto e for chamado para conferir o lance nas imagens, ele não pode ser influenciado pelo chamamento, o que ocorreu na jogada mais polêmica do confronto entre São Paulo e Palmeiras, no Morumbi, pela primeira partida da semifinal entre ambos, sábado. O 0 a 0 não demonstrou o que as duas equipes fizeram em campo. O jogo pedia gol, que não teve, e poderia ter saído de qualquer um dos lados, ou dos dois.
Ainda no lance do VAR, do pênalti em Dudu feito por Reinaldo, tenho a impressão de que a FPF “exige” que o aparato eletrônico seja mostrado nas transmissões. Tudo parece muito ensaiadinho. A Federação não pagaria R$ 28 mil por jogo para o uso do VAR sem mostrá-lo em ação. É estratégico. Achei falta, achei que houve a carga, achei pênalti. O VAR “pediu” para o juiz mudar sua decisão. Mas essa é somente minha opinião. Condeno, no entanto, a demora do procedimento. É preciso melhorar isso, acelerar as decisões e os procedimentos. Perde-se muito tempo. Certamente vai ser mais uma bronca do Palmeiras com a FPF.
Entretanto, o jogo foi interessante. O São Paulo não é mais aquele time perdido, sem saber o que fazer com a bola. Tudo isso ficou para trás. As últimas três partidas do São Paulo foram boas, com duas vitórias e um empate. Empate contra o Palmeiras, para quem o time havia virado freguês, foi legal. O São Paulo desarrumado acabou. E o resultado do jogo deixou tudo aberto para a próxima partida. Nem o São Paulo está garantido nem o Palmeiras tem vantagem. O jogo no Allianz Parque domingo que vem será tão disputado quanto foi esse deste sábado. Não tenho dúvidas.
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