O São Paulo escolhe neste sábado 100 conselheiros para se juntar aos 152 já existentes no clube. Juntos, eles vão apontar o novo presidente do Morumbi pelos próximos três anos. Na boca de urna, o candidato Júlio Casares aparece na dianteira na corrida com seu opositor Roberto Natel. É claro que apenas o resultado da votação dia 12 de dezembro vai confirmar ou não a opção informal. O presidente Leco sai de cena deixando um caminho natural para a base, mas sem ganhar títulos. Trouxe Raí e Lugano para dentro do futebol e apostou em Fernando Diniz nos momentos mais difíceis para o treinador, neste segundo semestre. Trocou muitos técnicos também.
Agora, prestes a ser substituído, vê o time em posição confortável na tabela do Brasileirão, na condição de brigar pelo título, e também na fase semifinal da Copa do Brasil, diante do Grêmio, em jogos de ida e volta. Ganhou dinheiro com a competição nacional e pode ainda colocar a mão na premiação dada ao campeão, de R$ 54 milhões. Se ganhar a Copa do Brasil, o São Paulo vai embolsar R$ 70 milhões, de prêmio e cotas por passar de fases.
Mas não será mais na sua gestão que o time levantaria a taça, uma vez que os torneios nacionais vão se estender até fevereiro. Leco vai ter méritos na conquista. Mas a partir do dia 12, o São Paulo começará uma nova fase em sua gestão. Quer ser mais moderno, vai ser mais midiático, precisa continuar sendo competitivo, revelando, usando e vendendo jogadores de Cotia (alguns devem sair), baixar sua dívida e, sobretudo, erguer taças.