Quem poderia imaginar que São Paulo, Atlético-MG e Santos venceriam suas duas primeiras rodadas no Brasileirão? Eram times que estavam se arrumando nos primeiros meses do ano, com companhas sofríveis e eliminações precoces. Nem o Santos, de proposta ofensiva e corajosa, nos fazia crer que fosse disparar. Sampaoli tem um elenco que não se prova em suas mãos tão limitado como dizem e, juntos, comissão técnica e jogadores, eles passaram a se respeitar e a um valorizar o outro. Tem dado muito certo. Mesmo assim, no Paulista houve momentos bons e outros nem tanto.
Da mesma forma, o São Paulo melhorou um pouco na fase final do Estadual, mas não o suficiente para liderar alguma coisa. As contratações de Alexandre Pato e Tchê Tchê mudaram a condição do clube. Os meninos, como Antony e Igor Gomes e Luan, também deram nova cara ao time. Nenê é reserva e deve ser reserva a maior parte do ano. Hernanes se recupera e será importante ainda. Como Pablo. O São Paulo, depois de sua diretoria bater tantas vezes a cabeça, parece ter tomado rumo. Precisa navegar por esse caminho mais tempo.
Por fim, o Atlético-MG, que queria Rogério Ceni e não conseguiu, se acertou em campo e tem jogado com mais vontade e consistência nesse começo de Brasileirão. Ainda é cedo para tudo, faltam 36 rodadas de um longo, cansativo e desgastante torneio, mas é muito bom para esses times e suas respectivas torcidas festejar a primeira colocação.
Flamengo, Palmeiras, Grêmio e Cruzeiro eram os mais cotados para estarem na ponta da tabela. Esses times têm outros interesses na temporada e talvez tenham de fazer escolhas ao longo das disputas. A CBF promete para o ano que vem melhorar o calendário, acertar datas, dar mais tempo para que os times treinem ao longo das semanas. Isso implica diretamente na redução de partidas durante o ano. Se isso acontecer e os clubes acertarem seus planejamentos, teremos, acredito, jogos mais bonitos e interessantes, com times mais bem treinados e entrosados, e fisicamente inteiros.