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Futebol, seus bastidores e outras histórias

Opinião|Times da Europa estão repassando os direitos de transmissão dos jogos para suas próprias tevês

O Benfica, de Portugal, já trabalha dessa maneira. As tevês então passariam a negociar com as tevês dos times

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Atualização:
 Foto: Estadão

De modo que as tevês abertas ou fechadas interessadas em mostrar os jogos dos clubes passariam a negociar com essas 'parceiras' do futebol. De tevê para tevê. E aí, quando há um intermediário a mais na negociação, é claro que há maiores pagamentos e mais ofertas também. A TV do Real Madrid pode querer vender seus direitos de transmissão não somente para a Globo, mas também para a Record e Bandeirantes e para os canais fechados, com a intenção de, claro, ganhar mais.

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Quando há empresas por trás dessas tevês de times, que colocam dinheiro para sua viabilização, os clubes propriamente ditos não têm como dar prioridade para essa emissora ou para outra na hora de negociar. Na verdade, o clube nem vai mais participar disso. A tevê do seu clube é que vai negociar. É claro que isso leva tempo para pegar e para que todos os envolvidos entendam o seu funcionamento. Há também os contratos vigentes, que devem ser cumpridos.

Com essa medida, os clubes de futebol passarão a ganhar mais porque vão vender para mais emissoras e não haverá monopólio das tevês, no caso do Brasil, da Globo.  Em contrapartida, os clubes também correrão o risco de ficar, num primeiro momento, com seus direitos nas mãos se que as tevês se interessem por eles. Mas aí é um problema para o departamento de marketing e de negócios do clube. Hoje, a Globo paga para todos os clubes das Séries A e B do Brasileirão.

Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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