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Futebol, seus bastidores e outras histórias

Opinião|Treinadores brasileiros estão acuados e precisam responder sobre competência no Brasileirão

São todos profissionais do ramo, mas se escondem atrás das mesmas desculpas de sempre. Não evoluem

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Atualização:

Os técnicos brasileiros estão acusados e sendo cobrados. Cobrados por torcedores e dirigentes. São todos boas-praças, profissionais do ramo e não há paraquedistas na função. Mesmo assim, não conseguem mostrar nada em seus respectivos times, repetem as desculpas de sempre, acusam a falta de tempo para os resultados aparecerem, mas a verdade é que eles nunca aparecem. São times sem cara e padrão. Que vivem de lampejos. E vivem assim porque não há proposta de jogo.

 Foto: Estadão

 

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Nesta quarta rodada do Brasileirão, já há treinador ameaçado. Os que não estão nesta condição, são por outros motivos. Luxemburgo ainda deve no Palmeiras. É querido no clube, mas não pode trabalhar por amizade. Tiago Nunes não consegue deixar o Corinthians mais ofensivo. Foi atrapalhado pela pandemia. Diniz tem um problemão na defesa do São Paulo e no vestiário. Já deveria estar em estágio mais avançado. O Santos demitiu seu treinador há duas semanas. Cuca chega pisando em ovos. Mas é o mesmo de sempre. Isso só para ficar nos clubes de São Paulo.

Todos eles ainda se incomodam com o trabalho de Jorge Jesus e Sampaoli, quando na verdade deveriam beber dessa água. Ma não são humildes suficientemente para aceitar que dois estrangeiros fizeram bom trabalho no futebol brasileiro.

Temem o quê? Pela falta de emprego? Talvez. Mas com o que eles vêm mostrando em seus times, vão perder os cargos mais cedo ou mais tarde. Vão ficar trocando de clube constantemente e nunca vão conseguir entregar o que prometem ou que se espera deles. O futebol brasileiro está muito ruim, a ponto de o presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, ter de pedir mais empenho e comprometimento. Isso é função do treinador.

Há ainda muita conivência com o jogador de futebol, eternamente mimado por treinadores e dirigentes. Se isso acabar e todos passarem a ser mais profissionais, o futebol pode melhorar. Correções precisam ser feitas. Cobranças são necessárias todos os dias. Conversas precisam ter. Qual é o problema de Lucas Lima, por exemplo? Por que ele não joga mais? Perdeu o entusiasmo? Essas coisas precisam ser tratadas e resolvidas.

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Da mesma forma há jogadores que não rendem no São Paulo e Corinthians por algum motivo que Diniz e Tiago não conseguem explicar. Precisam saber o que podem fazer no elenco. Precisam ter apoio dos cartolas. Precisam pensar o futebol. E deixar de se vitimizar cada vez que eles têm de explicar resultados ruins e péssimas apresentações. Será tão difícil assim montar um time competitivo?

Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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