Brasileiros formavam fila para terem rosto pintado
Emanuel Leite Jr. - especial para O Estado de S. Paulo
RECIFE - "Venham, venham pintar a bandeira da Costa Rica." É assim que o costarriquenho Jorge Azevedo chamava pelos torcedores que passavam próximos ao ponto de desembarque do ônibus que faz o translado até o metrô. Com ingresso para o jogo, Jorge aproveitava o tempo para colorir rostos e ganhar um trocado.
No Recife desde o dia 16 de junho, Jorge já havia assistido ao jogo de sua seleção contra a Itália, quando a Costa Rica venceu por 1 a 0 e se garantiu nas oitavas de final. Nos outros dias, além de conhecer o Recife e Pernambuco, ia para a Fan Fest, ver os jogos pelo telão.
"Qualquer trocado serve", anunciava ele. "Não tem trocado? Nem um real?, questionou espantado quando uma jovem mostrou que tinga apenas uma cédula de R$50. "Não tem problema, eu pinto seu rosto de graça", disse para ela. "O importante é ver a bandeira do meu país no rosto das pessoas", disse para a Seleção Universitária.
Logo se formou uma longa fila de brasileiros querendo expor seu apoio à Costa Rica. A animação e simpatia dos costarriquenhos contagiou o pernambucano desde o confronto com a Itália. "A torcida deles é muito carismática", justificava o recifense Ricardo Campos, enquanto aguardava a sua vez. "A campanha da Costa Rica me fez torcer por eles", disse Idelmo Medeiros, outro que estava na fila.