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Vitória do Uruguai sobre a Nigéria deixa definição para última rodada

Com resultado, as duas equipes seguem com chances; nigerianos pegam Espanha, Uruguai, o Taiti

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Por Victor Costa
Atualização:

 

Capitão Lugano comemora gol do Uruguai (Jorge Silva/Reuters) Foto: Estadão

Vitor Villar e Vanderson Pimentel - Seleção Universitária - especial para o Estado

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SALVADOR - A primeira partida da Copa das Confederações em Salvador foi bastante movimentada. O Uruguai venceu a Nigéria por 2 x 1. Lugano fez primeiro, Mikel empatou e Forlán garantiu a vitória. Alías o camisa 10, que foi reserva contra a Espanha fez toda a diferença. Além do tento anotado ele deu uma assistência.

O técnico Oscar Tabarez mudou a escalação titular do Uruguai. Perez, Gargano e Gastón Ramirez deram lugar a Forlán, Alvaro González e Arévalo, e assim o 4-4-2 virou 3-5-2. As mudanças surtiram efeito. O gol saiu num passe de Diego Forlán, que cruzou rasteiro da esquerda e Cavani furou, mas Lugano estava esperto para empurrar a bola para as redes. Mesmo com o gol e jogando contra um adversário melhor, a Nigéria não se abateu e empatou o jogo num golaço de Mikel. O meio-campo do Chelsea recebeu na entrada da área, tirou Lugano do lance e chutou no ângulo de Muslera.

A etapa final começou agitada.Mesmo depois de dois bons lances da equipe africana foi o Uruguai que marcou. Forlán recebeu de Cavani na entrada da área e mandou uma bomba de canhota. E de novo a Nigéria não sentiu o golpe. O time verde controlou a posse de bola e passou a ter um bom volume de jogo, partindo para o ataque. Com isso, deu espaço para o perigoso contra-ataque uruguaio. Aos 36, Tabaréz substituiu Suarez, que não gostou, por Coates e colocou o time na defesa. E novamente ele acertou. O resultado de 2 x 1 foi mantido e a definição da classificação fica para a última rodada.

Protestos tumultuam pré-jogo

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Problemas de segurança no entorno da Arena Fonte Nova marcaram a partida nesta quinta feira, 20, entre Uruguai e Nigéria, a primeira da Copa das Confederações na capital baiana.

A Polícia Militar montou cinco barreiras ao longo da Avenida Joana Angélica, principal via de acesso ao lado norte do estádio. A estratégia de negociação dos policiais com os manifestantes não durou muito; houve confronto assim que os ativistas chegaram ao primeiro bloqueio,e os policiais usaram bombas de gás lacrimogêneo.

O conflito gerou uma enorme confusão e alguns torcedores que se dirigiam a Fonte Nova tiveram que fugir correndo. Uma torcedora que saía da estação da Lapa em direção ao estádio acabou atingida pelos resquícios do gás lacrimogêneo.

"Tive muitos problemas para chegar aqui. Os manifestantes estavam em paz quando os PMs começaram a disparar bombas, inclusive vi uma idosa caída no chão, quando tentava fugir", disse o torcedor Álvaro Lemos, que passava a pé pelo local quando ia em direção à Fonte Nova.

Alguns comerciantes da região norte da Fonte Nova também tiveram que fechar seus estabelecimentos às pressas por conta da confusão, "vamos fechar porque não sabemos a índole desses manifestantes. Sabemos que há muita gente de paz, mas que tem muita gente de baderna também", disse Josefa Fraga, proprietária de um bar no local.

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Parte do entorno do estádio ainda está em obras (Vitor Villar/Seleção Universitária) Foto: Estadão

A segurança também não era o forte do lado norte da Arena. No local, só havia policiais da tropa de choque  e uma ambulância. A região não apresentava outras viaturas nem Corpo de Bombeiros, situação completamente diferente do lado sul, onde vários PMs, além da Guarda Municipal, faziam a segurança dos torcedores. Viaturas dos Bombeiros e ambulâncias do Samu também estavam no local.

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Outro conflito ocorreu no acesso sul da Arena Fonte Nova, próximo à região do Dique de Tororó. Alguns torcedores que vieram por aquele lado, no entanto, dizem que não tiveram problemas. "Por aqui está tudo tranquilo, o problema é só a distância que a gente desce para poder chegar a pé", disse o torcedor Omar Ribeiro.

O limite colocado no entorno da Fonte Nova, onde segundo a PM só entrariam moradores, funcionários e torcedores da partida, também não funcionou. Era possível encontrar várias pessoas transitando pelo Dique sem qualquer ligação com a partida, até mesmo manifestantes religiosos. Mais próximo ao horário de início da partida, foi possível ver também integrantes do manifesto que haviam fugido por vielas dos confrontos com a polícia.

 

Grupo de torcedores baianos deixaram carro no estacionamento (Vitor Villar/Seleção Universitária) Foto: Estadão

A maioria dos torcedores preferiram utilizar o sistema de linhas expressas que ligavam os estacionamentos disponibilizados pela Prefeitura à Arena Fonte Nova. "Pagamos R$20 para deixar o carro no estacionamento e pegamos o ônibus direto para o estádio. Só imaginávamos que seria ônibus expresso, mas na verdade eram ônibus comuns", lamentou o torcedor Eduardo Gonçalo.

Quem optou pelo transporte público reclamou da distância dos pontos de descida até a Fonte Nova, "tive que saltar muito longe e andar mais de 20 minutos para chegar aqui. Os ônibus da cidade estão todos parando longe e assim fica difícil", reclamou o torcedor Willer Fernandes.

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Família uruguaia "esquenta" antes da partida (Vitor Villar/Seleção Universitária) Foto: Estadão

Quem optou pelo táxi também reclamou da distância. "Pagamos caro para vir de táxi e comprar ingresso. Deviam liberar pelo menos a entrada de passageiros com bilhete", afirmou o torcedor Marcus Vinícius.

(com colaboração de Victor Costa)

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