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O dia a dia dos alunos do Curso Estado de Jornalismo Esportivo

Ídolos mineiros fazem suas apostas para a Copa

Quatro ex-craques de MG opinam sobre o Mundial; Brasil, Espanha e Neymar dominam os votos

Por Seleção Universitária
Atualização:

 

Gabriel Gama - especial para O Estado de S. Paulo

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BELO HORIZONTE - Eles fizeram história nos dois principais clubes de Minas Gerais, Atlético e Cruzeiro, entre as décadas de 1970 e 1980, e sabem muito bem o que é vestir a camisa da seleção brasileira. Décadas após a aposentadoria, os ídolos mineiros Nelinho, Reinaldo, Raul Plasmann e Palhinha agora cruzam os dedos como torcedores comuns, na expectativa pelo primeiro título mundial do Brasil em seu país.

Agora, os quatro ex-jogadores dão seus "pitacos" para a Seleção Universitária sobre quem são os favoritos ao caneco. Também falam sobre as zebras que podem pintar, quais serão os craques e as revelações desta edição da Copa do Mundo. As unanimidades entre eles foram o Brasil, como o principal candidato a campeão, e Neymar, como o postulante a melhor jogador do torneio.

Ídolo de Atlético e Cruzeiro, Nelinho marcou um golaço na disputa de 3º lugar entre Brasil x Itália, na Copa de 1978 (Divulgação) Foto: Estadão

 

Nelinho. Participante de duas Copas do Mundo (1974 e 1978) e ídolo nos dois rivais mineiros, o lateral-direito Nelinho não acredita em azarões para esta edição, como aconteceu em 2010, quando a Gana quase alcançou as semifinais. Para ele, o título vai ficar entre três seleções. "É Brasil, Argentina ou Espanha. A briga pelo título não sai destas favoritas porque possuem os melhores elencos. Já a Itália pode surpreender negativamente logo na primeira fase. A Azurra tem feito campanhas instáveis nas últimas edições com exceção, claro, de 2006, quando foi a campeã", analisou.

Para Nelinho, o postulante a melhor jogador da Copa está entre os camisas 10, Neymar e Messi, líderes de suas respectivas seleções. "Cristiano Ronaldo, apesar de ter feito uma grande temporada pelo Real Madrid, não leva tanta sorte porque Portugal não tem um time muito qualificado. Neymar e Messi estão à frente nesta disputa. Quanto à revelação, eu aposto no Diego Costa, caso ele se recupere da lesão", completou.

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Chamado de "rei" pelos atleticanos, Reinaldo não brilhou da mesma forma com a camisa canarinho (Divulgação) Foto: Estadão

 

Reinaldo. Em apenas doze anos de carreira - dos 16 aos 28 anos - foram 255 gols marcados em 475 jogos com a camisa do Atlético-MG, 14 tentos em 37 partidas com a seleção canarinho e uma participação em Copa do Mundo (1978). Um dos maiores nomes da história do clube alvinegro, Reinaldo vê o Brasil pronto para vencer a sexta Copa e considera o time comandado por Felipão como o principal candidato ao título.

"O Brasil é sempre favorito, ainda mais com mais uma geração de jogadores talentosos que atuam nas melhores equipes do futebol mundial. Acho que Espanha, Alemanha e Argentina, correndo por fora, podem dar muito trabalho. Destaco também o Chile, que está com uma seleção bastante ofensiva e vem forte para esta Copa. A decepção já vai acontecer e será no grupo da morte, entre Itália, Inglaterra e Uruguai. Uma dessas ficará devendo", afirmou.

Assim como Nelinho, o "Rei" acredita em Neymar como protagonista da Copa, mas prefere se abster quanto às surpresas da competição. "Neymar vai fazer a diferença até pelo ambiente, pelo apoio da torcida, que vai ser muito grande, e a motivação, claro, de jogar uma Copa no país onde nasceu e foi criado. É muito complicado dizer quais serão as revelações desta Copa. Acho que Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar estão em um patamar diferente. Os outros bons jogadores estão no mesmo nível", concluiu.

Goleiro Raul Plasmann 'bateu na trave' por vaga na Copa de 1982, mas foi preterido pelo técnico Telê Santana (Divulgação) Foto: Estadão

 

Raul. Um dos símbolos da conquista da Copa Libertadores da América de 1976 pelo Cruzeiro, o goleiro Raul Plasmann vestiu a amarelinha em 17 ocasiões, entre 1975 e 1980, e, por pouco, não participou da Copa do Mundo de 1982 - acabou sendo preterido pelo então técnico Telê Santana.

O ídolo celeste diverge de seus ex-companheiros, Nelinho e Reinaldo, e vê uma Copa do Mundo complicada para a seleção brasileira. Raul aponta Alemanha e Argentina como outras candidatas ao título, mas acredita que a nova geração de ouro da Bélgica pode se tornar o "Uruguai de 2010" e chegar entre as quatro melhores.

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"Eles correm por fora na briga, mas acredito muito no potencial destes jovens garotos, principalmente no goleiro Courtois e no meia Hazard. Quanto a possíveis decepções, apostaria na Espanha, França ou Itália", disse.

Palhinha em ação com a camisa do Brasil, na derrota para o Peru por 3 a 1, na Copa América de 1975 (Divulgação) Foto: Estadão

 

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Palhinha. Centroavante fundamental na conquista da primeira Libertadores do Cruzeiro, xodó do Corinthians, ex-jogador do Atlético-MG e maior artilheiro brasileiro de uma só edição do torneio (13 gols), Palhinha teve a oportunidade de defender a seleção em 20 jogos, marcando 8 gols. Ele chegou a ficar entre os 30 pré-convocados para a Copa de 1974, mas não foi escolhido.

Para o ex-atacante, quem pode surpreender é uma seleção sul-americana. "O Brasil é o favorito por jogar em casa. A Alemanha e a Espanha também brigam, mas quem está me chamando mais atenção são os equatorianos. O time deles tem pontas muito rápidos que compõem bem a zaga e chegam com perigo ao gol", disse.

Para Palhinha, quem pode ser a grande sensação no torneio é Bernard. Mesmo na reserva da seleção brasileira, o ex-jogador acredita que ele vai ser peça fundamental no esquema de Felipão. "O menino tem muita habilidade, apareceu muito bem aqui no Atlético. Só vai depender se ele vai ser titular ou não para despontar. O craque vai ser o Neymar. Tem capacidade pra desequilibrar qualquer partida", completou.

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