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Lideranças políticas criticam declaração de ministro

Líder estudantil e deputado federal consideram discurso de Aldo Rebelo "lamentável"

Por Victor Costa
Atualização:
 Foto: Estadão

Aldo Rebelo causa polêmica com sua declaração (Wilton Junior/Estadão) 

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Lucas Vidigal - Seleção Universitária - especial para o Estado BRASÍLIA - O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou na manhã desta segunda-feira, 17, que o governo federal "não vai permitir que manifestações atrapalhem a realização da Copa das Confederações e da Copa do Mundo". Ele também parabenizou as forças policiais por "garantirem os três primeiros jogos do torneio". A declaração foi feita em evento no Rio de Janeiro e foi alvo de críticas de lideranças políticas.

O deputado Ivan Valente do PSOL-SP, presidente do partido e líder da sigla na Câmara, considerou a fala de Rebelo "lamentável". "Ele deveria saber que os manifestantes têm acordado para a necessidade de educação, saúde, moradia e transporte coletivo de massa enquanto o governo gasta bilhões em elefantes brancos", disse. Um dos motivos da manifestação em Brasília é o custo da construção do Estádio Nacional Mané Garrincha, aproximadamente R$ 1,2 bilhões. O deputado ainda espera que o ministro "reveja a posição em face da liderança que representou durante a Ditadura Militar". A declaração de Rebelo também teve repercussão entre manifestantes. Guaia Monteiro, militante do coletivo Marcha das Vadias do Distrito Federal e uma das articuladoras dos protestos, lamentou a declaração do ministro. "É uma ilusão achar que queremos impedir que a Copa das Confederações aconteça. Não temos intenção de incomodar os torcedores, nós apenas tentamos conversar com eles para conscientizá-los dos altos custos do torneio", comentou. Torcedores reclamaram do cheiro de gás na fila do Estádio Nacional momentos antes da abertura da Copa das Confederações, em Brasília. De acordo com Guaia, o único momento em que houve tentativa dos manifestantes chegarem mais próximos das grades de contenção da arena foi no início do confronto. "Nós e as pessoas que iam ao jogo tentávamos apenas fugir da ação da polícia, em momento algum tentamos invadir o estádio." A assessoria de Aldo Rebelo afirmou, depois da polêmica declaração, que o ministro não é contra os protestos até mesmo por ter participado de movimentos estudantis, mas reitera que condena "ameaças aos torcedores e trabalhadores da Copa das Confederações". Secretário de Segurança do DF parabeniza polícia Em página pessoal na rede, o secretário de Segurança do Distrito Federal, Sandro Avelar, agradeceu às forças policiais que atuaram no entorno do Estádio Nacional antes e durante a abertura da Copa das Confederações. Segundo ele, a polícia agiu "de forma adequada e competente para previnir e garantir a integridade física e o direito de livre participação da torcida e de todos os personagens envolvidos".

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