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Sindicato mantém greve em hotéis das seleções em Salvador

Paralisação afeta resort que hospeda seleção uruguaia e outro que vai receber o Brasil na quinta-feira, 20

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Por Vitor Vill
Atualização:

 

Apesar dos protestos, Uruguai chegou sem problemas ao hotel (Vitor Villar/Seleção Universitária) Foto: Estadão

 

Vitor Villar - Seleção Universitária - especial para o Estado

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SALVADOR - Os trabalhadores do setor hoteleiro de Salvador continuam em greve nesta terça-feira, 18, afetando dois dos quatro hotéis na Bahia que vão receber as equipes para a disputa da Copa das Confederações. A paralisação começou na segunda-feira, 17, data da chegada do Uruguai à capital baiana, onde enfrenta a Nigéria no próximo dia 20.

Membros do Sindicato dos Empregados em Comércio Hoteleiro e Similares da Cidade do Salvador (Sindhotéis) continuam protestando com faixas e carros de som em frente ao Catussaba Resort, onde estão hospedados os uruguaios, e do Gran Hotel Stella Maris, onde ficarão os atletas da seleção brasileira a partir de quinta-feira. O outro estabelecimento alvo da greve é o Catussaba Business, que não hospedará seleções do torneio.

Apesar dos protestos, a delegação uruguaia conseguiu chegar sem problemas ao hotel na noite da segunda-feira, por volta das 18h30. Por ordem da Polícia Federal, os cerca de 60 manifestantes abriram espaço pacificamente para a passagem do ônibus com os atletas.

Nas contas do sindicato, 90% dos cerca de 700 funcionários dos três hotéis estão parados por conta da greve. A paralisação envolve trabalhadores de todos os setores e foi decretada para reivindicar um aumento de 10% nos salários e por outros benefícios.

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Segundo o presidente do Sindhotéis, José Ramos, as negociações já se arrastam há alguns meses e a greve não tem relação com a chegada do evento da Fifa."Estamos tentando negociar com os patrões desde fevereiro, mas eles nos abandonaram e não quiseram negociar o reajuste", explica. "A greve não tem relação nenhuma com a copa e nem quer prejudica-la, tudo o que queremos é o direito do trabalhador."

Já o Gran Hotel Stella Maris diz que 95% dos colaboradores estão trabalhando normalmente e que os serviços não foram prejudicados. No Catussaba Resort, a informação é que não houve adesão dos funcionários ao movimento.

A reportagem da Seleção Universitária encontrou a garçonete Sonia Bispo tentando entrar por uma porta lateral para fugir dos manifestantes. "Se eu tentar entrar pela porta da frente, eles [o sindicato] vão tentar me impedir. Todos do hotel estão trabalhando normalmente, eles é que estão querendo forçar a greve", revela.

Até a manhã desta terça-feira, os membros do Sindhotéis ainda não tinham recebido um contato dos patrões para marcar uma mesa de negociações.

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