PUBLICIDADE

A MÁGICA CAMISA 10

Por brunoromano
Atualização:

Neste fim de semana, pelos gramados de rugby em todo mundo, os olhares estarão voltados para as camisas 10. Praticamente todo clube ou seleção deposita em seu número 10 todas as fichas, dando a eles a condição de diretores de seus times.

PUBLICIDADE

No Six Nations, a Itália fez uma interessante mudança optando pelo sul-africano de nascimento Tobias Botes na posição. Jogador do Treviso, Botes está acostumado a atuar com a 9, mas foi a escolha para substituir Kris Burton, em má fase, principalmente nos chutes. A mudança é uma tentativa do treinador Jacques Brunel vencer a Irlanda pela primeira vez na história do torneio.

Outro camisa 9 também está virando 10 - e talvez mereça ainda mais a camisa. O All Black Piri Weepu, que defende os Blues, estará no banco neste fim de semana, depois de expressar interesse em atuar de abertura (flyhalf). Neste caso, o treinador optou por Michael Hobbs como titular, dando tempo para Weepu encontrar a boa forma do último Mundial, quando foi campeão pela Nova Zelândia.

Seus oponentes no Super Rugby, os Cruzaders, normalmente não têm problemas com o posto. Mas Dan Carter está machucado e, aliás, muito longe de Christchurch e dos centros de treinos, já que está curtindo a lua de mel na América do Sul.

Por isso, Todd Blackadder selecionou o jovem talento Tyler Bleyendaal. Ele se soma a já famosa lista de jogadores da Christchurch Boys High School que atuaram com a camisa 10 dos Cruzaders, incluindo Andrew Mertens, Aaron Mauger, Steve Brett, Colin Slade e o próprio Dan Carter.

Publicidade

De volta ao hemisfério norte, uma longa batalha interna deve tomar conta dos treinos da Inglaterra: Charlie Hodgkinson e Toby Flood lutam pela 10. Flood está de volta após uma lesão no tornozelo, enquanto Hodgkinson quer se manter na posição depois de ser o homem decisivo nas últimas duas vitórias inglesas.

No entanto, os dois devem ficar atentos, já que Owen Farrell, que está sendo comparado com Jonny Wilkinson, pode ganhar a posição, assim como Wilko o fez, na época, tirando o posto de Rob Andrew.

 Foto: Estadão

 

Na África do Sul, os torcedores dos Sharks estão contando que Pat Lambie vai começar e terminar a temporada em alto nível, como seu potencial sugere. Ele lutou bastante para merecer a 10, camisa que vai usar no duelo contra os Bulls. Sabendo que no mesmo gramado estará Morné Steyn, o desafio deve ser um ótimo teste.

Já os atuais campeões do Super Rugby do Quensland Reds vivem drama semelhante. Quade Cooper, abertura do título do ano passado, está lesionado e um kiwi vai assumir sua função.

Ex-atleta do North Harbour, Mike Harris, foi contratado pelos Reds depois de ter tido poucas chances na Nova Zelândia. A pressão do treinador Ewan McKenzie, no entanto, será menor, já que Harris fez bons jogos na pré-temporada.

Publicidade

Como podem ver, a escolha dos camisas 10, muitos deles improvisados na posição, é tema em todos cantos do mundo. Tanto para começar bem uma campanha, como para manter o nível, a função é fundamental nos planos dos treinadores. Enquanto times do Super Rugby fazem suas apostas, a seleção italiana espera ter encontrado uma formação que traga, enfim, uma merecida vitória no Six Nations.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.