Para qualquer jogador, fã ou mesmo um simples espectador o Haka é sinônimo de rugby. A dança maori é também uma síntese dos valores do jogo. Os All Blacks ficaram famosos por apresentar ao mundo o Kapo o Pango e o mais tradicional Ka Mate. Mas o que os Chiefs fizeram depois de vencer o Super XV foi diferente e muito especial.
A provincia de Waikato, de onde saem a maioria dos atletas dos Chiefs, é extremamente ligada a cultura e história maori. A Tainui, uma das tribos fundadoras e de maior importância na Nova Zelândia é desta região, assim como diversas outras menores que tem suas raízes em Tainui.
Esse ano muito coisa aconteceu com os Chiefs e seus seguidores. Foi algo maior do que uma simples busca pela vitória. Eles fizeram um trabalho bastante especial na comunidade e acabaram redescobrindo suas raízes e a importância de sua camisa.
Os membros da comissão técnica Dave Rennie e Wayne Smith são descendentes maori. Juntos de alguns jogadores e de pessoas mais idosas transformaram os ensinamentos tribais em um ponto em comum para a equipe, que representou os princípios a serem seguidos durante este ano.
O grupo chegou a frequentar as Marae, casas de encontro Maori, e encontrou o que estava fazendo falta nas últimas campanhas: suas raízes. Claro, nem todos os jogadores são descendentes maoris. Tonganeses, Fijianos, Samoanos e Neozelandeses europeus ajudaram a criar um ambiente de união, com o objetivo em comum de vencer o Super Rugby.
Depois de uma merecida vitória em cima de uma cansado time dos Sharks, os Chiefs mostraram o quão orgulhosos estavam de seu feito. Foi aí que surpreenderam a todos: se juntaram com jovens guerreiros maoris e chocaram o país com o seu próprio Haka. Foi feito com respeito e união e serviu como a cereja do bolo de uma temporada em que o companheirismo foi o grande tema.
O TRY RUGBY vai passar a limpo o Haka dos Chiefs e tentar trazer em breve sua tradução!
Veja como foi a apresentação no estádio de Waikato, em Hamilton, na Nova Zelândia:
Vídeo: You Tube (Rugby Dump)
