Thiago Blum
12 de dezembro de 2019 | 12h23
Ítalo Ferreira – foto: WSL
A quarta-feira foi incrível em Pipeline.
Condições clássicas, show de tubos para os 2 lados.
E parte das interrogações respondidas.
Pra ser sintético.
Filipe Toledo e Jordy Smith estão fora da briga pelo título.
E o Brasil já tem os classificados para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020: Ítalo Ferreira e Gabriel Medina.
Ítalo Ferreira – foto: WSL
Mas vamos aos detalhes, que não são poucos.
Foram 16 baterias de 45 minutos no round 3.
A obrigação de abrir foi do líder.
E o camisa 15 de amarelo teve seu melhor amigo pela frente.
Ítalo Ferreira despachou a ansiedade, encarou a pressão, eliminou Jadson André e jogou a responsabilidade para os adversários.
Filipe Toledo – foto: WSL
Filipe Toledo foi o primeiro.
Pegou só uma onda boa diante do neozelandês Ricardo Christie.
E se despediu do ‘Billabong Pipe Masters’ e do troféu da temporada.
Vez de Gabriel Medina, um dos caras a ser batido quando o mar fica perfeito.
Experiente apesar de jovem, frio, calculista, técnico e confiante.
Gabriel Medina – foto: WSL
Pela frente, o havaiano Imaikalani deVault, franco atirador saído das triagens.
GM fez logo duas notas acima dos 8 pontos e abriu vantagem.
O local tirou um 9,57, a torcida teve que segurar a respiração nos minutos finais, mas ele não conseguiu derrubar o bicampeão mundial.
Com as classificações de Ítalo e Gabriel para as oitavas de final, e a saída precoce de Filipinho, foi definido o time verde e amarelo no Japão no ano que vem.
O potiguar de Baía Formosa e o craque de Maresias vão buscar as medalhas na estreia do surfe como esporte olímpico.
Kelly Slater – foto: WSL
A disputa para estar em Tóquio acabou para o Brasil, mas não para os Estados Unidos.
Dois pesos pesados… dois amigos e mestres em Pipeline frente a frente.
Kelly Slater ou John John Florence?
Só tem ticket de embarque para um deles.
E ontem, ambos mostraram que merecem… e não vão vender barato o carimbo no passaporte.
John John Florence – foto: WSL
KS levantou a galera na areia.
E com certeza também tirou gritos de quem assistia a competição à distância.
Por que? Botou pra baixo numa direita em Backdoor, andou várias segundos lá dentro e saiu comemorando, como nos bons tempos.
Primeiro 10 perfeito do evento.
Não é mesmo por acaso, que o careca de 47 anos tem 11 títulos na biografia.
JJF respondeu mais que a altura.
Não tirou 10, mas somou 18,50, maior placar do campeonato até agora.
Não dá pra apostar nesse duelo não.
Jordy Smith – foto: WSL
Mas voltemos para a corrida pelo caneco de 2019.
Faltavam os candidatos gringos caírem na água.
Jordy Smith, morador do pico, estava de olho nos brasileiros do top 10.
E quando deu conta, se viu atropelado por outro representante da legião que domina o tour.
Jesse Mendes precisa de resultado para seguir no WCT ano que vem e está muito perto.
Goodbye Jordy, menos um na lista.
Kolohe Andino – foto: WSL
Mas Kolohe Andino – o cara que tem menos chance de sair do Havaí coroado – se manteve firme.
Superou Sebastian Zietz e segue secando os rivais.
Precisa que Ítalo e Gabriel sejam eliminados nas oitavas e ainda vencer o Pipe Masters. Algo pouquíssimo provável.
Pra não dizer impossível.
Peterson Crisanto – foto: WSL
Dos 16 atletas que seguem vivos, 6 são brasileiros.
Além dos já citados, ainda temos Yago Dora, Caio Ibelli e Peterson Crisanto.
Jadson André, Deivid Silva e Willian Cardoso estão fora.
O grande Panda, inclusive, não conseguiu se reclassificar e se despediu da elite.
Willian Cardoso – foto: WSL
Confira os confrontos do round de 16:
por @thiago_blum
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.