Thiago Blum
10 de dezembro de 2019 | 20h54
Banzai Pipeline, Oahu, Hawaii – foto: WSL
O cenário é esse.
Dúvida mesmo, só na hora de escolher o lado.
Direitas e esquerdas funcionaram muito bem, e o primeiro dia do ‘Billabong Pipe Masters’ entregou o show que tudo mundo gosta de ver no pico mais famoso do planeta.
E como vale o título da temporada, ninguém brincou em serviço no primeiro round.
Quem compete em Pipeline, sabe o que é preciso para alcançar o sucesso.
E que a realizar o planejado não é nada simples.
Filipe Toledo – foto: WSL
100% de concentração na areia.
E ao chegar na bancada, drop no crítico – se possível atrás do pico – tubo profundo e saída com a baforada.
Gabriel Medina conhece bem o caminho.
Finalista da etapa havaiana e atual campeão, o camisa 10 fez duas notas acima de 8 e avançou sem sustos, na bateria que também contou com Willian Cardoso e o local Imaikalani deVault, um dos classificados do Trials.
Filipe Toledo normalmente encontra mais obstáculos quando compete na onda mais temida e comentada do North Shore de Oahu.
Mas nesta terça-feira, diante do compatriota Deivid Silva e do neozelandês Ricardo Christie, o #77 surfou tranquilo.
Variou entre as esquerdas para Pipe e as direitas de Backdoor.
E assim como Medina, passou direto para a 3ª fase em primeiro lugar.
Vestir a camisa amarela no momento mais importante do ano não é tarefa simples.
Mas para Ítalo Ferreira não há desafio impossível.
Dependendo apenas de seu surfe para conquistar o título inédito, ele foi pro Havaii, treinou forte como sempre e estreou botando pra baixo nas bombas.
Ítalo Ferreira – foto: WSL
O cara de Baía Formosa caiu na mesma bateria de Billy Kemper – que ontem ganhou a competição das triagens – além de Michael Rodrigues.
O havaiano mostrou o conhecimento que se esperava e venceu a disputa.
Mas Ítalo provou que não está para brincadeira.
Afinal, na primeira fase não é preciso vencer, apenas avançar.
Mas a briga não é só dos brasileiros.
O sul-africano Jordy Smith tem experiência de sobra.
Já foi vice-campeão mundial e há dois anos comprou uma casa na frente da bancada de Pipeline.
Ele ficou atrás de Peterson Crisanto, mas assim como Ítalo, passou para o round 3.
Jordy Smith – foto: WSL
Kolohe Andino é o azarão.
Mas se existe uma coisa que não se pode negar é que regularidade é palavra de ordem para o americano.
Somou apenas 7,27 nas duas ondas, mas fez a lição de casa.
Kolohe Andino – foto: WSL
Foi só a largada.
E a previsão é que as condições continuem ideais e clássicas nos próximos dias.
Não existe lugar melhor para o encerramento do mundial da WSL.
O palco ideal para a coroação do novo campeão.
por @thiago_blum
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