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Opinião e análise

O bronze de Mayra é para comemorar

O judô feminino está de parabéns por tanta evolução em tão pouco tempo. O pessoal (da Confederação Brasileira de Judô) demorou muito para perceber que faltava só investimento e respeito para que a modalidade obtivesse resultados. Apesar da expectativa de ouro, a medalha de bronze da Mayra é para comemorar. Antes de começar a gente já sabia que a maior dificuldade dela seria a norte-americana. O combate merecia ter sido uma final.

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Por Robson Morelli
Atualização:

É verdade que muitos dos atletas número 1 do ranking não confirmaram a medalha de ouro na Olimpíada, mas isso não é um fenômeno raro no judô. Quando você alcança a liderança do ranking, passa também a ser o atleta mais estudado, ainda mais com as novas tecnologias que permitem a você ter acesso às lutas pela internet. Isso é o lado um tanto negativo da liderança: obriga o judoca a sempre procurar uma carta nova na manga, renovando seus golpes.

Soube da possibilidade da judoca saudita competir de véu. Fiquei surpresa. Vamos ver como vai ser porque para mim parece sufocante. A atleta vai ter de estar muito bem preparada e acostumada a competir nestas condições. Eu imagino que seja incômodo. É um assunto complicado porque envolve religião e no judô há muita resistência a mudanças. O Japão protestou quando adotaram o quimono azul e, até hoje, no campeonato japonês todos competem de quimono branco.

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