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Conversa de pista

Opinião|F1 - Inglaterra: Valtteri baixou a bota

Hamilton se beneficia com punição ao finlandês. Massa é oitavo em dia de ventos fortes. Vettel reprova novo para-brisa.

Atualização:

Em dia de ventos fortes e uivantes - verdade que o baixo ruído dos motores atuais ajudou nisso -, Valtteri Bottas foi o mais rápido nas duas sessões de treinos livres para o GP da Grã-Bretanha, hoje (sexta, 14), em Silverstone, na Inglaterra. No jargão do automobilismo brasileiro, o finlandês "baixou a bota", expressão usada para definir um piloto que andou muito rápido. Quase tão rápido quanto seu desempenho, veio a notícia que ele perderá cinco posições no grid em função da troca da caixa de câmbio do seu carro; decisão extremamente técnica, a medida ajudará Lewis Hamilton, o segundo mais rápido e primeiro piloto da equipe alemã. O mesmo problema e punição prejudicaram o inglês no GP da Áustria, disputado domingo (9).

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Com o céu exibindo nuvens que se moviam em várias direções sob um um fundo que escurecia com o passar das horas - algo típico na região -, a chuva não apareceu e ao final da jornada o tempo só fechou mesmo para o novo para-brisa que deveria ser avaliado por Sebastian Vettel. O alemão da Ferrari sequer completou uma volta lançada e pediu para retirar o equipamento alegando sentir tontura. Felipe Massa foi o oitavo classificado, à frente de Fernando Alonso.

Situado em uma base aérea construída para a II Guerra, Silverstone ocupa uma extensa área plana e bastante sensível à mudança de direção dos ventos. Tal característica aliada ao traçado de alta velocidade cria dificuldade extra para manter os carros sob controle a cada curva: extremamente sensíveis às forças de aerodinâmica, os carros de F1 perdem estabilidade ao percorrer curvas velozes e sofrer influência de ventos que sopram em outras direções. Alguns pilotos que se queixaram desse fenômeno foram Sebastian Vettel (rodou na curva Copse), Felipe Massa (entre Becketts e Chapel), Kimi Raäikkönen, e Daniel Ricciardo.

Quem teve menos motivos para reclamar dos céus foi Carlos Sainz Jr: na vistoria técnic

a realizada quinta-feira os comissários técnicos descobriram uma avaria em um dos cabos de segurança que seguram as rodas e a mangas de eixo ao carro em caso de acidente. Após os devidos sermões e explicações, tudo voltou ao normal: a equipe não foi punida e o espanhol pôde treinar. Pior aconteceu para o compatriota Fernando Alonso: após a McLaren ter sido obrigada a trocar um acumulador de energia a direção de prova puniu o espanhol com a perda de cinco posições no grid. Alonso ficou consistentemente entre os dez primeiros e fechou o dia em nono lugar, logo atrás de Felipe Massa. Saldo positivo foi o espanhol ter demonstrado algum progresso do motor Honda, equipamento tão criticado pelo baixo desempenho desde que a marca japonesa reativou seu programa de F1 em 2015.

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Uma das grandes expectativas da primeira sessão de treinos livres era o teste que a Fia, Ferrari e a empresa Isoclima programaram para avaliar um para-brisa que, teoricamente, aumenta a segurança passiva aos pilotos. Não foi necessário mais de uma volta incompleta para Sebastian Vettel parar nos box e pedir para retirar o equipamento.

"A visão à frente não é das melhores e me senti um pouco enjoado. Talvez a distorção de imagem tenha acontecido por causa da temperatura, mas além disso o efeito aerodinâmico empurra o capacete para frente", foi o primeiro comentário do alemão.

Vettel criticou ainda a dificuldade em entrar e sair do carro, porém admitiu que isso possa ser resolvido com um pouco mais de prática. Ainda no primeiro treino os dirigentes da Ferrari acompanharam com atenção a participação de Antonio Giovanazzi, piloto da academia de Maranello, com o Haas de Kevin Magnussen; o italiano foi 458/1000 mais lento que o Romain Grosejan. No treino vespertino Grosjean foi 174/1000 mais rápido que o dinamarquês.

Os tempos do segundo treino:

1) Valtteri Bottas (Finlândia), AMG-Mercedes W08, 1'28"496 2) Lewis Hamilton (Grã-Bretanha), AMG-Mercedes W08, 1'28"543 3) Kimi Räikkönen (Finlândia), Ferrari SF70H, 1'28"828 4) Sebastian Vettel (Alemanha), Ferrari SF70H, 1'28"956 5) Max Verstappen (Holanda), Red Bull RB13-Tag Heuer, 1'29"029 6) Daniel Ricciardo (Austrália),Red Bull RB13-Tag Heuer, 1'29"586 7) Nico Hulkenberg (Alemanha), Renault RS 17, 1'29"936 8) Felipe Massa (Brasil), Williams FW40-Mercedes, 1'30"006 9) Fernando Alonso Espanha), McLaren MCL32-Honda. 1'30"328 10) Estebán Ocón (França), Force India VJ10-Mercedes, 1'30"383 11) Carlos Sainz Jr (Espanha), Toro Rosso STR12-Renault, 1'30"333 12) Daniil Kvyat Rússia), Toro Rosso STR12-Renault, 1'30"562 13) Sérgio Pérez (México), Force India VJ10-Mercedes, 1'30"624 14) Romain Grosjean (França), Haas VF17-Ferrari, 1'30"661 15) Lance Stroll (Canadá), Williams FW40-Mercedes, 1'30"695 16) Stoffel Vandoorne (Bélgica), McLaren MCL32-Honda, 1'30"695 17 Kevin Magnussen (Dinamarca), Haas VF17-Ferrari, 1'30"835 18) Jolyon Palmer (Grã-Bretanha), Renault RS17, 1'30"879 19) Marcus Ericsson (Suécia), Sauber C36-Ferrari, 1'31"616 20) Pascal Wehrlein (Alemanha), Sauber C36-Ferrari, 1'31"929

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Opinião por Wagner Gonzalez
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