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Conversa de pista

Opinião|F-1 México: fórmulas de definição

Composição das escolhas de pneus pode definir GP e título da temporada.

Atualização:

Max Verstappen venceu o GP do México em 2018 (acima) e 2017 (Red Bull/Getty Images)  

O regulamento atual da Fórmula 1 indica que a cada etapa do Campeonato Mundial cada piloto tem direito a usar treze jogos de pneus para piso seco e escolhidos entre os três compostos que a Pirelli determina como ideais para a circuito. Durante a corrida devem ser usados duas dessas três especificações, detalhe que está entre os mais importantes para definir a estratégia de corrida, equação que engloba valores como o tempo que se gasta para percorrer o pit lane, a performance de cada carro e o estilo de cada concorrente.

Local da próxima etapa da temporada, o Autódromo Hermanos Rodriguez tem um traçado de 4.304 metros e seu asfalto é de abrasividade e aderência nível 2 (nível considerado baixo), nível 3 (médio) para desgaste e nível 4 (alto) no que se refere à pressão aerodinâmica gerada ao longo do seu traçado.

Lewis Hamilton (E) e Valtteri Bottas são os únicos pilotos que ainda lutam pelo título de 2019 (Mercedes)  

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O próximo Grande Prêmio do México, que no ano passado foi vencido por Max Verstappen (foto de abertura/Red Bull Content Pool-Getty Images), acontece dia 27 e pode definir o título da temporada em favor de Lewis Hamilton: ele já soma 338 pontos e o único piloto que pode derrota-lo é Valtteri Bottas, que tem 274. Se sair da Cidade do México com 78 pontos de vantagem sobre seu companheiro de equipe o inglês terá garantido seu sexto título de campeão mundial. O caminho para esse objetivo já entrou em modo intenso: ao selecionar seus pneus para a prova do dia 27 ele optou por um jogo de composto C2 (o mais durável e menos aderente dos três disponibilizados para a corrida), cinco do composto C3 e sete do C4 (o menos durável e o menos aderente para essa ocasião). Bottas, que tem um estilo mais agressivo com o carro, foi ligeiramente mais conservador e escolheu dois jogos de C2, quatro de C3 e sete de C4. Pode-se prever aqui que o finlandês aposta que fazer apenas uma parada e utilizar o C2 no final da prova pode ser a chave para prolongar a disputa do título por, pelo menos, o GP dos EUA, na semana seguinte.

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Na Ferrari, Red Bull e McLaren, equipes que disputam as 10 primeiras posições e cujas duplas são formadas por um piloto mais experiente e outro em início de carreira, a escolha foi igual para os dois companheiros de cada time: Sebastian Vettel e Charles Leclerc optaram por um jogo de C2, cinco de C3 e sete de C4; Max Verstappen e Alexander Albon elegeram 1 jogo de C2, três de C3 e 9 de C4; Carlos Sainz e Lando Norris optaram por dois jogos de C2, três de C2 e oito de C4. Em outras palavras, o carro da Ferrari parece ir melhor com os pneus médios, o da Red Bull quer compensar a diferença de potência do motor Honda com pneus mais macios e a McLaren segue desenvolvendo pilotos e carro.

Red Bull aposta em pneus mais macios para Max Verstappen e Alex Albon (Red Bull/Getty Images)  

A diferença mais marcante entre cinco equipes de pontas é na Renault: Daniel Ricciardo, conhecido pelo seu estilo de pilotagem limpo, optou por nove jogos de C4, o que indica foco na sua posição de largada, e dois sets de C3 e C2. Seu companheiro Nico Hulkenberg também apostou em trabalhar para disputar a Q3 - a terceira fase de classificação e na qual são definidas as dez primeiras posições do grid -, mas preferiu ter três jogos de C3 e apenas um de C2. A Toro Rosso, que no ano que vem passará a se chamar Alpha Tauri visando promover a nova marca de roupas do grupo Red Bull, também deixou Daniil Kvyat e Pierre Gasly optarem por escolhas distintas: sete sets de C4 para cada um, mas quatro C3 e dois  C2 para o russo e cinco C3 e um C1 para o francês.

Escolha de pneus da Renault indica privilegiou trabalhar por melhor lugar no grid (Renault)  

Veja abaixo as escolhas de cada piloto:

 
Opinião por Wagner Gonzalez
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