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Conversa de pista

Opinião|Grid da Stock quase definido

Grid da Stock quase definido. 2017 terá consolidação de equipes com 4 e 6 carros. Carros da Boettger retornam em novo time. Vários pilotos mudam de endereço.

Atualização:

A temporada 2017 da Stock Car brasileira deverá ser marcada por um grid maior que o do ano passado, pela estreia de uma nova equipe e muitas mudanças envolvendo estruturas, pilotos e patrocinadores; o regualmento técnico da categoria permanece inalterado. O campeonato tem início dentro de aproximadamente um mês no autódromo de Goiânia e das 32 vagas que deverão formar a lista de inscritos apenas uma está em aberto, no C2 Team, gerenciado por Ruben Carrapatoso. Tal qual na Nascar norte-americana, o cenário da categoria caminha para a concentração de mais carros sob os cuidados de uma mesma escuderia: este ano, quatro times deverão inscrever 18 carros, aproximadamente 56% do total, situação que provoca algumas discussões no campo desportivo. Essa prática é bastante conhecida no ambiente da Nascar e é justificada pelos ganhos de economia de escala.

 

 

 

Felipe Fraga, atual campeão, terá Duda Pamplona como chefe de equipe (Foto Vicar) Foto: Estadão

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A mudança mais impactante para 2017 envolve William Lube, o diretor técnico que dominou a cena nas últimas duas temporadas: sob seu comando a Cimed Racing venceu os títulos de 2015, com o paulista Marcos Gomes, e 2016, com o tocantinense (nascido no Pará) Felipe Fraga. Este ano Lube e os cariocas Cacá Bueno e Duda Pamplona uniram forças para montar uma segunda equipe, a Cimed-ProGP, que será responsável pelos carros de Fraga e Denis Navarro (SP), sob comando de Pamplona. Lube focará na operação que envolve Gomes e Cacá Bueno (RJ), que desde 2009 trabalhava com Andreas Mattheis e era patrocinado pela Red Bull.

A saída de cena da marca de energéticos abriu espaço para grandes mudanças na A.Mattheis Motorsport: no lugar do touro vermelho entra a pintura da petroleira Ipiranga, que manteve o apoio aos paulistas Thiago Camilo - talvez a união mais longeva da história da Stock Car -, e Galid Osman; os carros que estavam pintados nas cores da Shell, gerenciados por Rodolpho Mattheis, filho de Andreas, agora ganham o roxo característico do laboratório Prati-Donaduzzi. Tal qual a Ipiranga, a empresa de Toledo (PR) renovou contrato sua dupla de pilotos de 2015 - o paranaense Júlio Campos e com o amazonense Antônio Pizzonia - para marcar seu regresso à categoria.

O autódromo de Goiânia será palco da abertura da temporada, dia 2 de abril (Vicar) Foto: Estadão

Além da Ipiranga quem também deixou o time de Roseinei Meinha Campos foram os técnicos André Bragantini pai e filho. Bragantini Senior cuidará do carro de Valdeno Brito, paraibano que este ano defenderá as cores da cerveja Eisenbahn junto com o gaúcho Vitor Genz no time administrado pelo dublê de dono de equipe e carnavalesco Carlos Alves. Bragantini Júnior vai trabalhar na Full Time. O respeitado preparador carioca Mauro Vogel, famoso por revelar grandes nomes do automobilismo nacional, mais uma vez abre as portas da sua equipe para uma nova promessa: o paulista de Jundiaí Guilherme Salas. O já experiente Gabriel Casagrande completa a formação

De Curitiba vem a confirmação que a Eurofarma manterá sua ligação com Rosinei Campos e os paulistas Ricardo Maurício e Max Wilson; esse vínculo foi ampliado para receber o também paulista Daniel Serra. A estrutura da equipe deverá ser bastante alterada em função do acerto com os pilotos, que inclui a chegada de Tuka Rocha, paulistano que está em vias de anunciar o apoio do frigorífico Seara. Com as saídas de Bragantini Sênior e Júnior foi aberto espaço para o engenheiro Daniel Barcik, mais conhecido como Polenta, assumir o controle de uma das operações. Há anos Barcik atua como engenheiro de pista de Max Wilson, e, por isso, deverá acontecer uma redistribuição de duplas: ele vai cuidar do brasileiro nascido em Hamburgo (Alemanha) e de Rocha; Rosinei Campos terá Ricardinho e Serrinha sob sua supervisão.

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Concentração de equipes e pilotos em novo endereço marca a 38ª temporada da categoria (Vicar) Foto: Estadão

A Full Time, outra das grandes forças da categoria, está no centro de uma controvérsia que envolve o regulamento esportivo da categoria no item que limita a quatro o número de carros inscritos por equipe. Até o ano passado o time de Maurício Mau-Mau Ferreira ocupou quatro vagas no grid graças à associação mantida com Duda Pamplona e a ProGP. Este ano, Mau-Mau continua com os carros de Allam Khodair e Rubens Barrichello e terá também dos seus cuidados outros quatro, que serão pilotados por Bia Figueiredo, Diego Nunes, Beto Valério e Lucas Foresti. Tal solução será possível com a associação com Ricardo Zonta e Edu Bassani: Zonta arrendou sua equipe para Ferreira por uma temporada e Bassani praticamente repassou sua operação para o antigo rival e agora sócio. Com exceção de Khodair e Barrichello, a formação das demais duplas ainda não foi definida.

Thiago Meneghel, da TMG Motorsport, será o responsável pela preparação dos carros da Shell Racing, que segue com a dupla Átila Abreu e Ricardo Zonta. Felipe Lapenna e Rafael Suzuki estão confirmados na Cavaleiro Racing para este ano enquanto na Hot Car-Bardahl vive-se mudança total: Amadeu Rodrigues acertou com Sérgio Jimenez e Guga Lima para subsituir Felipe Lapenna e Raphael Abbate. Ruben Carrapatoso, ex-kartista como Jimenez e atual chefe da equipe C2, por enquanto só tem como certo o estreante Luca Milani, paulista que chega amparado pelo título de vice-campeão da categoria Sprint Race em 2016.

Categoria volta à pista usando o mesmo regulamento técnico de 2016 (Vicar) Foto: Estadão

Finalmente, o empresário Marcelo Hahn aumentou ainda mais os investimentos da farmacêutica Bläusiegel no automobilismo e adquiriu a estrutura da família Boettger, que ficou inativa no ano passado. Maurício Martinez ficou encarregado de gerenciar a operação dos dois carros que serão pilotados pelos gaúchos César Ramos e Márcio Campos.

Opinião por Wagner Gonzalez
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