O primeiro jogo da final da Libertadores teve roteiro e ingredientes de uma grande final.
Faltava um personagem.
E ele entrou em campo aos 38 minutos do segundo tempo para colocar fogo no jogo.
Romarinho demonstrou personalidade e habilidade para, logo em seu primeiro toque na bola, calar a temida La Bombonera.
Mas qual o tamanho do feito de Romarinho?
Mais do que devolver ao Corinthians a possibilidade de conquistar o inédito título da Libertadores com uma vitória simples no dia 4, no Pacaembu, Romarinho devolveu a confiança ao time.
Sim, pois a empolgação provocada pelo empate com jeitão de vitória pode esconder alguns problemas que, se não forem solucionados até o jogo de volta, pode colocar em risco a festa alvinegra.
Mais uma vez o Corinthians jogou exageradamente recuado, sobretudo no segundo tempo.
O esquema de marcação montado por Tite, que na semifinal anulou Neymar, nesta quarta-feira não funcionou contra Riquelme.
E o craque argentino só não resolveu o jogo porque não estava em noite brilhante.
O Boca não é sombra do bicho-papão que costumava ser.
Mas toca bem a bola e mostrou na campanha desse ano que adora jogar fora de casa.
No Pacaembu, o Corinthians será pressionado a atacar, sair mais para o jogo.
E dará mais espaços para o Boca.
Conciliar a pressão ofensiva com a cautela defensiva será o grande desafio dos brasileiros na grande final.