Mesmo lutando incessantemente pelo desenvolvimento do Reino Unido ela encontrou adversários ferozes e terminou saindo do governo de forma pouco gloriosa. Entretanto, décadas mais tarde é inegável sua contribuição para aquela nação e todo o sacrifico oferecido por ela foi reconhecido, principalmente com seu falecimento. O título desse texto é exatamente para saber quem terá a coragem de desafiar as leis "pétreas" do esporte.
Temos atitudes condescendentes com dirigentes de clubes, federações, confederações e sindicatos que se perpetuam no poder por anos, décadas. Se por um lado parece que geraram algum avanço, por outro, qual foi devemos perguntar: qual foi o preço pago?
Crer em pessoas que abdicam da sua vida familiar, empresarial e social para se doarem em prol do esporte por anos a fio é muito difícil. Ainda mais quando o patrimônio cresce exponencialmente nesse mesmo período. O que vemos, na maioria dos casos, é a doação de corpo, alma e principalmente bolso. Ideais podem permanecer, mas as pessoas estagnadas gera, no mínimo, uma desconfiança. Quem, tal qual Margareth Thatcher, desafiará e combaterá com o mesmo afinco esse "modus operandi" de gestões nebulosas, disseminado e perpetuado há tempos? Quem ousará, mesmo sob ameaça, contestar a célebre frase: "sempre foi assim"?
Há anos que as ilhas britânicas tomavam as mesmas decisões e viam sua economia cada vez mais em declínio. Há anos que vemos surgir menos talentos de primeira grandeza e os paliativos continuam iguais. A soberba de sermos melhores continua. Temos uma mulher como presidente da nossa nação. Seria essa uma mera coincidência ou teremos no Brasil nossa "Dama de Ferro" que lutará para que nosso esporte consiga quebrar a barreira do "continuísmo"?