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Mais uma esperança

Por wilsonbaldini
Atualização:

Desde a aposentadoria de Acelino Popó Freitas, em 2007, que o boxe brasileiro sofre com a falta de um nome de expressão. Pois o médio-ligeiro Patrick Teixeira (calção preto) é o mais novo candidato a ídolo da nobre arte nacional. Terça-feira à noite, no ringue do Baby Barioni, o pugilista, de 20 anos, mostrou tranquilidade de veterano e precisão nos golpes com ambos os punhos para nocautear o argentino Darío Matorras aos 2min30 do assalto inicial e somar a 11.ª vitória consecutiva, a 10.ª antes do limite de roundes.

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"Treino muito e estou feliz com o resultado", disse Patrick Teixeira, que é treinado pelo ex-boxeador Edson Xuxa do Nascimento. Segundo o empresário Eduardo Mello, o boxeador vai lutar nos Estados Unidos no mês de fevereiro, em uma programação da Top Rank, empresa do lendário promotor Bob Arum. "A luta pode ser em Las Vegas, dia 9 ou 10 de fevereiro", afirmou Mello. O adversário ainda vai ser definido. Quando voltar a lutar, Patrick já deverá estar com seu nome nos principais rankings do boxe internacional.

Ainda em cima do ringue, Matorras mostrou-se impressionado com o desempenho do jovem brasileiro. "Hoje (anteontem), ele demonstrou ter talento para ser um campeão. Tudo vai depender de sua dedicação daqui para frente", afirmou o argentino, que nunca havia tido uma queda na carreira. Foi sua segunda derrota em 14 combates. "O que mais me impressionou foi o fato dele ser ambidestro. Pega justo com os dois punhos", disse Newton Campos, presidente da Federação Paulista de Boxe. "Isso dá uma tranquilidade para o boxeador, pois ele pode definir a luta a qualquer momento." E foi o que aconteceu com Patrick. O brasileiro derrubou o argentino primeiro com um cruzado de esquerda e definiu o combate com mais um preciso cruzado, dessa vez de direita.

Na preliminar, o peso-pena Aldimar Santos também mostrou qualidades para derrotar o uruguaio Nestor Diaz, com um nocaute no sexto assalto. Catimbeiro, Diaz abusou das esquivas e mostrou resistência aos golpes no rosto, mas acusou os ataques na linha de cintura. Caiu três vezes e acabou derrotado no sexto assalto. Aldimar, que soma 11 vitórias e uma derrota, demonstrou boa versatilidade de golpes e calma para não entrar na guerra de nervos do adversário.

 Foto: Estadão
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