Wilson Baldini Jr.
28 de novembro de 2010 | 09h54
O boxeador mexicano Juan Manuel Marquez está pronto para uma terceira luta contra o supercampeão filipino Manny Pacquiao. Na madrugada de ontem, o pugilista de 37 anos derrotou o australiano Michael Katsidis, por nocaute técnico no nono assalto, no ringue do MGM Hotel, em Las Vegas, e manteve os cinturão dos leves da Associação Mundial e da Organização Mundial de Boxe.
Na entrevista coletiva após o combate, Marquez vestiu uma camiseta com a frase: “Eu derrotei Pacquiao duas vezes”, referindo-se aos dois duelos que teve com o maior pugilista da atualidade. Na verdade, Marquez perdeu uma vez em decisão dividida e no outro encontro houve empate.
“Pacquiao tem nos evitado, mas ele sabe que a terceira luta é inevitável. É o que o público quer ver”, disse Marquez, que soma 52 vitórias, cinco derrotas e um empate, com 38 nocautes. Katsidis perdeu pela terceita vez em 30 lutas.
A empresa Golden Boy Promotions, de Oscar De La Hoya, promete entrar em contato hoje com Bob Arum, da Top Rank, para que o Pacquiao x Marquez III seja programado para maio.
Mas a luta diante de Katsidis não foi fácil para Marquez. O mexicano levou um fortíssimo gancho de esquerda no terceiro assalto e foi a knockdown. Com um preparo físico incrível, apesar de veterano, Marquez imprimiu um ritmo forte nos roundes seguintes até castigar bastante Katsidis no nono assalto, a ponto do juiz Kenny Bayless suspender o combate aos 2min14.
Nas preliminares, Andre Berto manteve o cinturão dos meio-médios do Conselho Mundial de Boxe com um nocaute espetacular sobre o mexicano Freddy Hernandez, aos 2min07 do primeiro assalto. Berto, invicto em 27 lutaas, com 21 nocautes, também está lista dos prováveis rivais para Pacquiao.
Já o cubano Erislandy Lara ganhou o cinturão latino dos médios ligeiros também com um nocaute no primeiro round (1min37) sobre o norte-americanos Tim Connors. Lara, que desertou durante o Pan do Rio em 2007 e acabou deportado para Cuba, é apontado como uma das grandes esperanças para 2011.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.