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O filho não supera o pai

Por wilsonbaldini
Atualização:

Como jornalista esportivo, tenho vários ídolos. Mas o maior deles está fora do esporte. Trata-se de meu pai. Posso dizer, infelizmente para ele, que não sirvo nem para "carregar seu balde de água". O meu velho é um exemplo de homem. Mas não sou o único a decepcionar o pai. Julio Cesar Chavez Jr., aos 23 anos, não vai chegar nem perto do que seu lendário pai fez em cima do ringue.

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Com 1,83 metro, Chavez Jr. tem luta marcada para 25 de julho, no México. O adversário ainda não está definido, mas deverá ser o último antes de sua primeira chance em um combate pelo título mundial.

Após 39 vitórias (29 nocautes) e um empate, Chavez Jr., que é a cara do pai, lembra o estilo de um dos maiores boxeadores mexicanos da história. O golpe na linha de cintura é forte e colocado como o do pai, mas lhe falta a resistência. Talvez a palavra correta seja fome. Ao contrário do pai, que chegou a morar em uma vagão de trem, onde o pai trabalhava, Chavez Jr. nasceu em berço de ouro. Poderá ser campeão do mundo, mas será apenas mais um.

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