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Aos 18 anos, Zion Williamson faz NBA sonhar com o seu talento

Estrela universitária do Duke, de 2,01 m e 130 kg, é cotado para herdar o trono de LeBron James

Por Renan Fernandes
Atualização:

Talvez muitas pessoas tenham ouvido pela primeira vez o nome de Zion Williamson quando seu tênis estourou nos primeiros segundos do clássico do basquete universitário norte-americano, entre Duke e North Carolina, na semana passada. Apesar de ter ganho projeção na mídia por um lance de azar, o atleta 18 anos, na verdade, é visto como uma das maiores promessas do esporte. Nos EUA, alguns dizem que ele será o substituto natural de LeBron James. Nomes de peso apostam que o ala é o jogador mais empolgante a surgir desde Michael Jordan. Nascido no dia 6 de julho de 2000, Zion Williamson ganhou destaque nos EUA após grandes temporadas ainda no ensino médio. O que sempre chamou a atenção em seu jogo é o seu tamanho e a ferocidade nas enterradas. O jogador revelou ter ganho 45 quilos durante dois dos primeiros quatro anos do Ensino Médio, onde defendia o time Spartanburg Day School, na Carolina do Sul. 

Zion Williamson é cobiçado por diversas franquias na NBA Foto: AP Photo/Gerry Broome

“Ao longo de cerca de dois anos, ganhei 100 libras (45 kg). Olhava para mim mesmo e pensava: ‘Uau, eu tenho 113 kg!”’, contou o jogador em entrevista à revista GQ. “Com todo esse peso, veio mais vigor atlético e me vi capaz de fazer coisas novas. Isso me fez mais rápido, mais forte. Me ajudou a me tornar um jogador mais versátil”. Zion tem 2,01 m de altura e pesa 130 kg. Na NBA, apenas um atleta é mais pesado do que ele, o pivô Boban Marjanovic (Philadelphia 76ers), que também é o mais alto da Liga: 132 kg distribuídos em 2,22m.  A vantagem física em relação aos outros jogadores acabou refletindo no números de Zion. Em seu ano de calouro, o ala registrou médias de 24 pontos, 9 rebotes e 2 assistências por jogo. Já em seu último ano, o aumento foi notório: 36 pontos, 11 rebotes e 3 assistências por partida. Na decisão estadual de 2017, contra o Christian Academy, Williamson fez uma apresentação memorável, de 51 pontos, e colocou o título no currículo.  As marcas de Zion são mais relevantes comparadas às conseguidas por LeBron James no mesmo período. Vale lembrar que o atual jogador dos Lakers também era visto como sucessor de Jordan devido à sua superioridade nas exibições no ensino médio. Em seu primeiro ano pelo St. Vincent-St. Mary, Lebron teve 18 pontos, 6 rebotes e 3 assistências. No quarto, as médias subiram para 28 pontos, 8 rebotes e 6 assistências por jogo.

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Como os jogadores são obrigados e disputar um ano universitário para estarem aptos a entrar na NBA (existem outras regras como idade e se o atleta já é profissional em outro país), Zion Williamson escolheu defender o Duke e ser comandado pelo técnico tricampeão olímpico pela seleção dos EUA, Mike Krzyzewski. O time também conta com outros dois astros em ascensão no basquete, cotados para estar entre as cinco primeiras escolhas do recrutamento deste ano. São eles R. J. Barrett e Cameron Reddish. Atuando pelos “Diabos Azuis de Duke”, como é conhecido o time da Carolina do Norte, o ala pode mostrar outros aspectos de seu talento, como um refinado posicionamento de costas para cesta e de chutes de média distância, atributos que vão além da imposição física, como acusavam alguns críticos do jovem atleta.

ELOGIOS

Os elogios perseguem Zion há algum tempo. Roy Williams, técnico do North Carolina e três vezes campeão nacional, afirmou que “ele é provavelmente um dos maiores atletas colegiais desde Michael Jordan” – a frase mostra a empolgação em torno do garoto. Todos sabem o tamanho de Jordan no basquete americano. Quem também defende esse pensamento é Scottie Pippen, fiel escudeiro do maior jogador de todos os tempos nas seis conquistas do Chicago Bulls na década de 90. Kevin Durant, melhor da NBA em 2014 e um dos maiores nomes da liga atualmente, disse que classificou Zion como um atleta “único de uma geração”. “Nunca vi ninguém como ele”. LeBron fez questão de destacar o talento do seu possível sucessor na NBA. “Para o tamanho dele, com a força que tem, é impressionante a forma como se movimenta em quadra. Todos podem ver sua forma atlética. Isso é óbvio, é ridículo. Mas sua velocidade e agilidade impressionam pelo tamanho que tem”, apontou. “Eu sei como é ser acompanhado pela imprensa desde o ensino médio. Todos tentando fazer comparações, que ele é o próximo isso ou aquilo. O que mais gostei é que ele parece ser um bom garoto, de cabeça no lugar”.

Zion Williamson durante lance polêmico em que seu tênis estourou Foto: Rob Kinnan-USA TODAY Sports

NIKE SE DEFENDE

O rasgão no tênis, que de início pareceu um lance inusitado, gerou lesão de grau 1 no joelho do “menino de ouro” do basquete dos EUA e virou dor de cabeça para a Nike. A gigante americana de materiais esportivos perdeu 1% do valor de suas ações na Bolsa de Valores. O porcentual é pequeno, mas representa R$ 4 bilhões. Para tentar controlar os danos em sua imagem, a empresa que patrocina dois terços dos jogadores da NBA, defendeu a qualidade de seus produtos.  “Estamos preocupados e queremos desejar a Zion recuperação rápida. A qualidade e performance de nossos produtos é importante. Ainda que seja um incidente isolado, trabalhamos para identificar o problema.”

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