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Apoiado pelas equipes, Oscar lança liga

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Por Agencia Estado
Atualização:

Quase todos os clubes que atualmente disputam o Campeonato Nacional Masculino de Basquete assinaram nesta quarta-feira o documento de fundação de uma liga independente. O objetivo é, a partir do ano que vem, substituir a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) na organização da competição. "Foi um grito de independência em relação à CBB", disse Oscar Schmidt, atual gerente da equipe Telemar e organizador da Liga. Os clubes que já aderiram à Liga, que ainda não tem um nome oficial, são as seguintes: Telemar, Mogi, Hebraica, Joinville, Londrina, Pinhais, Paulistano, Minas, Ribeirão Preto, Araraquara, Franca e Ulbra. "Faltam ainda as equipes de Bauru, Macaé e as três patrocinadas pelo Universo, mas já estamos em contato com todas elas e novas adesões podem acontecer", explicou Oscar. Segundo o ex-jogador, os clubes que assinaram nesta quarta-feira o documento, em uma reunião em Alphaville, São Paulo, vão continuar disputando normalmente o atual Campeonato Nacional. "O caso é que, da maneira como está, com todo mundo tendo prejuízo, não precisamos da CBB para administrar a competição. Os clubes não recebem pelas cotas de TV nem pelas placas", revelou Oscar. Seus colegas de outros clubes confirmam essa história. "Estamos recebendo uma verba mensal de R$ 10 mil, mas nossos gastos mensais são de R$ 70 mil, sem contar a folha salarial", disse o gerente de basquete de Franca, Fernando Minucci. "O restante conseguimos com patrocinadores, mas as equipes que não contam com tanto apoio terão problemas nos próximos dois meses." O coordenador da equipe de Joinville, Kelvin Soares, contou que as despesas do seu time são ainda maiores, já que gasta mais com viagens. "Chegam à R$ 80 mil", admitiu. Segundo Oscar, a Liga já era um sonho antigo dos clubes e seu próprio e acabou tomando forma a partir do momento que a CBB se negou a receber os dirigentes das equipes para conversar sobre as cotas da entidade no Campeonato Nacional. "Antes todo mundo era inimigo, a gente não conseguia. Agora a briga vai ser só em quadra, fora dela vamos atuar juntos", garantiu. Entre as principais propostas da Liga estão a ampliação da duração do Nacional e a negociação direta com emissoras de TV e empresas que patrocinam através das placas nos ginásios. "O dinheiro, pouco ou muito que arrecadarmos, será dividido igualmente", prometeu Oscar. Grande estrela da história do basquete nacional, Oscar negou que a iniciativa tenha um propósito eleitoral, já que a eleição na CBB será realizada dentro de aproximadamente três meses. "Já quis, mas agora não quero mais ser presidente da CBB. Cheguei à conclusão de que não tenho condições de trabalhar sem ter um retorno financeiro", afirmou. Questianada pela Agência Estado sobre o assunto, também nesta quarta-feira, a Confederação Brasileira de Basquete informou que ?não participou, não foi comunicada e não sabe nada a respeito da Liga?. E, enquanto não for informada oficialmente, não poderá se manifestar.

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