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Atraso nos salários prejudica basquete

O técnico Nilo Guimarães garante que a saída de jogadores estrangeiros do País por esse motivo mancha a imagem do esporte brasileiro no exterior.

Por Agencia Estado
Atualização:

Se deixa os times mais fracos e o Campeonato Nacional Masculino de Basquete mais equilibrado, a saída dos jogadores estrangeiros, de volta para os seus países de origem ou para outros clubes, é muito ruim para a imagem do Brasil no exterior. Ambos do Vasco, o pivô dominicano Vargas foi atuar na Venezuela e a ala uzbeque Elena, na Espanha, por causa dos salários atrasados. A opinião é do ex-armador e técnico Nilo Guimarães, do Valtra/Mogi, que tem o norte-americano Jeffty Connelly, um dos estrangeiros que está há mais tempo no Brasil. "Se Vasco e Flamengo, que destoavam, ficaram com elencos mais justos, ter jogadores saindo do Brasil porque não recebem salários é ruim para a imagem dos clubes", observou Nilo. "São situações isoladas, porque os clubes paulistas pagam em dia, mas, mesmo assim, é negativo." Nilo torce para que os clubes do Rio consigam acertar os salários atrasados e continuem competindo, mas acha que a tendência é haver redistribuição dos jogadores mais caros para outras equipes do País e uma readequação dos salários. O time de Mogi, que já estava com as passagens aéreas reservadas para ir nesta quarta-feira para o Rio, para enfrentar o Flamengo, foi informado, nesta terça-feira, que o jogo foi adiado. A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) disse que o Flamengo e a Unit/Uberlândia disputam as quartas-de-final da Liga Sul-Americana. O Mogi, que ficou 11 dias sem jogar antes de voltar a vencer o Botafogo (101 a 85), no domingo, preferiu não reclamar. "Não é agradável porque interrompe uma seqüência de jogos, mas temos de considerar que é importante o Brasil participar da Liga." Feminino - Santo André e Vasco foram as melhores equipes do turno do Campeonato Nacional Feminino. Santo André ainda perdeu a invencibilidade, na última rodada do turno, segunda-feira, para a campeã paulista Unimed/Ourinhos, por 85 a 77, mas manteve a liderança. A diferença para o Vasco, o time que não paga salários das estrelas Janeth e Claudinha, é na cesta average, primeiro critério de desempate, uma vez que as duas equipes somam 13 pontos (6 vitórias e 1 derrota).

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