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Basquete: Brasileiros voltam abatidos após fiasco no Mundial

Tristeza marcou a chegada dos jogadores a São Paulo, mas todos já pensam nas competições do ano que vem: o Pan e o Pré-Olímpico.

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Por Agencia Estado
Atualização:

Abatidos, os jogadores da Seleção Brasileira Masculina de Basquete desembarcaram neste domingo no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Na bagagem trouxeram a amarga eliminação do Mundial do Japão e a pior campanha do País na história da competição: 19º lugar. ?É muito triste, porque saímos do Brasil com a esperança de fazer um grande Mundial, mas as coisas aconteceram ao contrário. Agora, é seguir em frente, é uma geração muito nova, tem muita coisa pela frente?, afirmou o ala-armador Marcelinho Machado, de 32 anos e capitão da equipe. No ano que vem o Brasil tem sua competição mais importante: o Pré-Olímpico da Venezuela, que definirá duas vagas para a América. O Brasil não participa dos Jogos Olímpicos desde 1996, em Atlanta. O mau desempenho no Mundial, somada à crise interna do basquete, que ainda define se haverá um Nacional único ou duas ligas, não deve atrapalhar a nova geração, de acordo com Marcelinho. ?A situação interna atrapalha, mas não diretamente à essa seleção. Pode atrapalhar num prazo maior?, acrescentou Marcelinho, que defende o Zalgiris Kaunas, da Lituânia. Para o armador Leandrinho Barbosa, do Phoenix Suns da NBA, não é hora de o time se lamentar. ?É hora de pensar nas próximas competições, Pan, Pré-Olímpico....?. Ele garante que não se sentiu pressionado em nenhuma momento em quadra. ?Não senti peso nas costas e não estava pensando nisso. As coisas não aconteceram porque erramos em tudo. Foi uma lição?, acrescentou. Nem mesmo o fato de atuar na NBA em posição diferente da qual atuou na seleção é apontado por Leandrinho como justificativa para o fracasso. Ele joga na posição 2 (ala) no Phoenix Suns, e no Mundial atuou a maior parte do tempo na posição 1, armando jogadas. ?Pode ser que tenha atrapalhado, mas não coloco isso como um obstáculo. Não falei sobre isso com Lula, ele sabia que queria jogar de 2, mas o grupo estava fechado e eu queria ajudar a seleção?, explicou. Quanto aos seus lances livres desperdiçados, como na partida contra a Turquia, ele desabafou: ? Errei! Arremessei como sempre arremesso, mas as bolas não caíram?, disse o jogador que nesta semana vai descansar com sua família em São Paulo. O técnico Lula Ferreira segue no comando do time. ?Você só deixa um trabalho se tiver dificuldades para exercer esse cargo, que não é meu caso", defendeu-se. Quanto à campanha do Brasil, disse que o grupo ?não merecia? o resultado. ?A derrota na estréia para Austrália complicou muito, porque colocou um peso para gente nos jogos seguintes?, acrescentou. Agora, Lula estudará proposta para comandar o time de Brasília, já que o time adulto do COC/Ribeirão Preto comandado seis anos por ele chegou ao fim. ?Recebi o convite de Brasília, mas ainda vou ter tempo para pensar sobre o que vou fazer. Não é importante agora resolver minha carreira, é importante resolver o basquete brasileiro.?

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