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Basquete: pais se unem para manter times

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Por Agencia Estado
Atualização:

São cem pais associados - atualmente, 60 deles contribuem para juntar os R$ 6 mil mensais necessários à manutenção da escolinha e de cinco times masculinos de basquete, formados por jogadores federados nas categorias pré-mini, mini, mirim, infantil e infanto-juvenil, que disputam os torneios Metropolitano e Estadual. Quando a Pirelli deixou de patrocinar as categorias de base do basquete, há 12 anos, os pais se reuniram. Para manter os filhos jogando, formaram uma sociedade, um modelo diferente de projeto esportivo e social. Foi essa a origem da Associação dos Pais e Amigos do Basquete (Apaba), que reúne cerca de cem meninos de 10 a 16 anos e, além dos pais, conta com a ajuda de voluntários: universitários, fisioterapeutas, professores de educação física... A quadra, no Parque Prefeito Celso Daniel, é cedida pela Prefeitura de Santo André, assim como o transporte. O colégio Arbos oferece bolsas de estudo e uma quantia simbólica de R$ 400,00 por mês para o projeto, mesmo valor da contribuição da Construtora Grotta. O restante vem de promoções, de doações e do bolso de pais como o médico ortopedista federado Yan Majerwisk - seu filho, Yan Edward Vogel Majerwisk, é jogador. No fim do mandato de presidente, o engenheiro eletrônico Arnaldo Marques atua voluntariamente na Apaba há uma década e entende que o modelo é uma saída para muitos garotos. Para ele, o Brasil poderia ter mais força no esporte "se o trabalho de base fosse levado a sério, sem politicagem e vaidades". "A Febem precisaria de menos prédios, monitores, e o Estado não gastaria tanto na reeducação de menores", diz Arnaldo, que já teve dois filhos na Apaba. Pelos próximos dois anos, o presidente da entidade será o biomédico Eduardo de Souza, proprietário de uma farmácia. Na peneira de novembro, apareceram 120 meninos, que este mês estão na escolinha - o projeto também atende garotos cujos pais não são sócios. "Se tivermos mais quadras para treinar, vamos continuar com todos os garotos", diz Eduardo. O projeto já revelou talentos como o ala Eric Aparecido Soares e o pivô Ricardo Brantini, o Piá, convocados pelo técnico Flávio Davis para o Sul-Americano Infanto-Juvenil do Equador, em 2002. O treinador da Apaba, César Máximo Guidetti, foi o auxiliar-técnico da mesma seleção. "Os garotos são talentosos, é uma questão de encontrá-los e dar-lhes oportunidade", frisa Arnaldo.

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