Basquete: técnicos valorizam o Nacional

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Por Agencia Estado
Atualização:

A maioria dos técnicos das equipes que disputam a 15ª edição do Campeonato Nacional Masculino de Basquete, a partir de domingo, acham que é uma lástima a seleção ter ficado fora da Olimpíada de Atenas, mas não acreditam que isso possa comprometer o interesse dos jogadores e do público pela competição. Para os atletas, como o jovem armador Marcelinho, do estreante Paulistano - clube que vai disputar o primeiro brasileiro de sua história - o Nacional é o ?espelho? necessário para mostrar-se aos agentes que agora garimpam talentos para a NBA no Brasil ou que atuam colocando peças no mercado europeu. Marcelino, que está chegando da Itália, onde fez um camping com o Benneton, está cotado hoje no 25.º lugar no próximo draft da NBA, segundo informou o mais jovem técnico do Nacional, José Neto, que levou o Paulistano até a vaga no Nacional. O outro estreante será a equipe de Blumenau, que entra no torneio com o apoio da Prefeitura da cidade de Santa Catarina. "Infelizmente o Brasil considera demais o resultado das seleções. Não ter se classificado para a Olimpíada não significa que o Nacional é ruim. Pelo contrário. Tem pelo menos sete equipes muito fortes, jogadores que querem aparecer e ter chance de ir para fora, tem público - Araraquara sempre lota o ginásio (8 mil lugares) -, tem rivalidade... É muito bom", avalia o ex-jogador Marcel, que será o comentarista da RedeTV! O canal aberto, que já está mostrando a NBA, vai exibir os jogos do Nacional, domingo às 11 horas, além do SporTV, às sextas-feiras e domingos. O técnico Carlos Rodrigues, o Carlão, do Corinthians/Mogi, vice-campeão paulista, acha que "o campeonato doméstico terá um dos melhores níveis técnicos dos últimos anos, independente da seleção". "Os jogadores são mais profissionais. Sabem que precisam mostrar seu jogo." Tomzé, da Uniara/Araraquara, observa que "a Olimpíada é importante, mas só desenvolvendo o basquete interno, continuamente, poderemos estar nos Jogos no futuro". Flávio Davis, do Minas, observa que "o Nacional tem vida própria, revela jogadores, dá visibilidade para futruras convocações da seleção." O técnico Aluísio Ferreira, o Lula, também da seleção, que acaba de ganhar o tricampeonato paulista com o COC/Ribeirão, afirma que se houvesse uma loteria seria difícil acertar os oito primeiros, tal a competitividade esperada para esse ano. Várias equipes contrataram estrangeiros, o campeonato adquire maturidade geográfica com a presença de sete Estados, os jogadores querem mostrar talento e o torneio terá TV e público.

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