PUBLICIDADE

Brasil faz jogo decisivo contra a Alemanha nesta sexta

Seleção brasileira precisa da vitória para manter vivo o sonho de ir aos Jogos Olímpicos de Pequim

Por Amanda Romanelli
Atualização:

O técnico da seleção brasileira masculina de basquete, Moncho Monsalve, sabe que a partida desta sexta-feira contra a Alemanha, pelas quartas-de-final pré-olímpico na Grécia, é a mais importante dos últimos tempos para o país. Se perder o jogo, marcado para as 13h30 (horário do Brasília), o Brasil dará adeus à chance de se classificar para os Jogos Olímpicos de Pequim, em agosto. Se vencer, ficará a uma vitória das Olimpíadas. Veja também:  Murilo faz treino leve e é dúvida da seleção de basquete  Baby deve ter função especial contra a Alemanha "Este é o jogo pelo qual esperamos há um mês e meio. Esqueçam a vitória sobre o Líbano, esqueçam a derrota para a Grécia", assinalou. A última participação do Brasil em Jogos Olímpicos no basquete aconteceu em 1996, em Atlanta. "Será um grande jogo", anuncia o pivô Tiago Splitter. "O vencedor será aquele que mantiver a regularidade." Do lado brasileiro, Moncho Monsalve tratou de espantar qualquer início de abatimento por causa da derrota por 89 a 69 contra a Grécia, na quarta-feira. "Houve um momento em que o equilíbrio se perdeu, mas eles também viram que podem fazer um jogo fantástico, como foi o nosso primeiro quarto contra os gregos", analisou o técnico. "Assim que isso foi percebido, tudo mudou. O bom humor voltou. Por isso tenho certeza de que estamos prontos." Enquanto o Brasil se preocupa com a dupla de pivôs alemães - Dirk Nowitzki e Chris Kaman -, os adversários já sabem que devem minar o pivô Tiago Splitter e o armador Marcelinho Huertas. "Vamos jogar em cima deles", determinou o técnico Dirk Bauermann, que pretende minar a capacidade brasileira, forçando seus principais jogadores à falta. Por isso, Moncho sabe que terá que tirar Splitter do papel de alvo preferencial. Ele gostaria de colocar Murilo para dividir o foco, mas o pivô, que sofreu um estiramento leve na coxa direita na quarta, ainda é dúvida para a partida. O Brasil, contudo, também tentará desestabilizar os alemães, especialmente Nowitzki. "Ele se irrita fácil. Acho que podemos pressioná-lo para que ele perca o foco." No duelo desta sexta, tanto Brasil quanto Alemanha encaram um grande jejum de participações olímpicas. Se a seleção não participa de um torneio desde Atlanta, a ausência alemã é quatro anos maior, já que as últimas Olimpíadas disputadas pelos europeus foi em Barcelona-1992. "É claro que queremos ir para Pequim. Se não formos, será uma pena, mas a vida continua", afirmou, cético, o técnico Bauermann. Mais emotivo, Moncho disse que o futuro e os objetivos da seleção brasileira estão em jogo. "Será a partida em que vamos colocar nossos desejos e nossas almas. Se ganharmos - e oxalá isso irá acontecer - termos grandes chances de seguir até a final e conquistar a classificação olímpica." Os confrontos das semifinais são: Croácia x Canadá (7h de Brasília), Eslovênia x Porto Rico (9h30), Alemanha x Brasil (13h30) e Grécia x Nova Zelândia (16h).

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.