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Clubes enviam carta ao presidente da CBB com apoio 'irrestrito à LNB'

Guy Peixoto entende postura, mas reforça o discurso de que a liga precisa respeitar a hierarquia

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O imbróglio entre Confederação Brasileira de Basquete e Liga Nacional de Basquete ganhou mais um capítulo. Os clubes enviaram uma carta para a CBB em que indicam 'apoio irrestrito à LNB na condução no Campeonato Brasileiro, hoje intitulado NBB, e demais competições que a entidade organiza com autonomia legal, profissionalismo e transparência.'

O documento, obtido com exclusividade pelo Estado, foi assinado por 17 equipes - os 14 times que disputam o NBB, além de Campo Mourão, Macaé e Caxias do Sul - e destaca ainda os pontos positivos do trabalho da liga nos 11 últimos anos.

Confira parte do documento enviado pelos clubes ao presidente da CBB Foto: Reprodução

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A relação pouco amigável entre CBB e LNB se tornou pública no fim de 2018, quando a entidade máxima do basquete brasileiro divulgou portaria com diversas condições a serem cumpridas pela liga para manter a chancela para organizar o Campeonato Brasileiro adulto.

Entre os temas mais espinhosos estão o respeito a hierarquia e a aceitação do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) organizado pela CBB. Não à toa, os clubes citam na carta que a LNB tem uma 'justiça eficaz, célebre e imparcial'.

"É natural este apoio dos clubes. A liga é deles. Mas repito que somos pelo basquete, não tenho nada contra ninguém. Prezamos apenas pela hierarquia. A liga é uma concessão e precisa respeitar as regras", afirmou o presidente da CBB, Guy Peixoto, ao Estado

Em meio ao imbróglio, a CBB lançou um Campeonato Brasileiro adulto, que começa em março e terá nove equipes. A princípio, o torneio será uma espécie de segunda divisão. A competição faz parte do plano de massificação do esporte.

Confira parte do documento enviado pelos clubes ao presidente da CBB Foto: Reprodução

Nos bastidores, há uma movimentação para um encontro entre Guy e o presidente da LNB, Kouros Monadjemi, com mediação do presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Paulo Wanderley. Para o presidente da CBB, não existe necessidade de um mediador. O dirigente espera, em breve, se encontrar com Kouros, para que as arestas sejam aparadas. 

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"Não precisamos de um mediador para esta conversa. O Baka (Ricardo Trade,diretor sênior de operação da CBB) está sempre em contato com o Kouros. Também não tenho problema em me reunir com ele. O que aconteceu é que lá atrás eles mandaram uma carta sem nexo. O que queremos é que eles cumpram o que foi acordado. Se isso acontecer não teremos problema nenhum. Somos pelo basquete, repito", afirmou Guy.

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