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Corinthians/Americana estreia na LBF com 'um passinho à frente' dos rivais

Jogo de estreia da temporada 2016/2017 será contra o Presidente Venceslau

Por Nathalia Garcia
Atualização:

Vice-campeão da LBF (Liga de Basquete Feminino), o Corinthians/Pague Menos/Americana abre a temporada 2016/2017 contra o Presidente Venceslau nesta quinta-feira, às 20 horas (de Brasília), no Ginásio Centro Cívico, em Americana. Para o técnico Antônio Carlos Vendramini, a sua equipe está "um passinho à frente" dos adversários, equiparada apenas ao time pernambucano Uninassau Basquete.  "A gente conseguiu manter uma base de anos anteriores, com um preparação interessante. A equipe de Americana e a de Recife saem com um passinho à frente por causa dessa estrutura. Santo André e Presidente Venceslau sofreram uma perda grande dentro do plantel e tiveram de fazer reposição, vão precisar de um tempo para entrosamento. E Blumenau é uma equipe nova. Vai ser uma Liga interessante", projeta.

Karla Costa, de 38 anos, é um dos destaques do Corinthians|Americana Foto: Luis Pires|LBF

A sétima edição da LBF contará apenas com seis equipes participantes, assim como no última temporada. A expectativa da organização era de que o número de inscritos fosse maior, chegando a oito times, o que não ocorreu. O Maranhão Basquete, por exemplo, está fora da disputa desta vez. Técnicos e jogadoras agora torcem para que mais clubes consigam apoio para se organizar para as próximas temporadas e, assim, a Liga seja fortalecida. O uniforme da equipe de Americana carrega o escudo do Corinthians desde 2015. O principal benefício dessa parceria é a visibilidade que o tradicional clube de futebol, dono de uma das maiores torcidas do Brasil, dá ao time de basquete. E pode ser um modelo a ser seguido por outros clubes, mas Vendramini ressalta: "Não dependemos financeiramente em nada do Corinthians, mas é muito importante como marca." Corinthians e Presidente Venceslau voltam a se enfrentar dois dias depois da estreia, às 19 horas (de Brasília), no mesmo local. A terceira partida do time de Americana, contudo, só ocorrerá no dia 9 de janeiro de 2017, quando receberá o catarinense Blumenau. O calendário de jogos é um reflexo da crise financeira enfrentada pelo esporte brasileiro. Para economizar com deslocamento, a tabela foi definida sem intervalos regulares. Apesar de não ser a condição ideal, a experiente Karla Costa mostra-se conformada com a situação. "Esse ano ainda está melhor. Ano passado a gente chegou a fazer quatro jogos em cinco dias no Maranhão. Para mim, com 38 anos, é desumano, a pausa de um dia é necessária. Óbvio que gostaria de fosse diferente, sim. Mas a gente entende as dificuldades e trabalha para se modelar à estrutura do momento. Acredito que mais para frente a gente consiga evoluir." Para ela, o calendário europeu é o modelo a ser seguido. A jogadora do Corinthians pede união das jogadoras na busca pela reestruturação do basquete feminino brasileiro. "A gente precisa mudar isso logo, senão a gente vai ficar vivendo nesses dias escuros sem perspectiva de melhora, sobrevivendo, na verdade. A gente precisa começar de novo. Basquete nunca vai perder o brilho, só está faltando saber equilibrar as coisas para voltar a brilhar", diz Karla. A atleta também valoriza a ação de nomear Paula e Hortência como embaixadoras da LBF e torce para que as estrelas ajudem a recolocar os holofotes no basquete. Ela acredita que a exposição é fundamental para a idolatria e diz que, sem isso, a modalidade vira "fantasma". "Nossas referências no basquete feminino ainda são Paula e Hortência. E ainda bem que a gente teve elas. Faltam ídolos. Essa geração quer ser quem hoje?", aponta.

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