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Crise no basquete espanta favoritismo

A saída de vários jogadores estrangeiros nos clubes cariocas fez com que as equipes perdessem o título de candidatas ao título no Nacional.

Por Agencia Estado
Atualização:

A crise econômica que afeta os clubes do Rio e provocou a saída de vários jogadores estrangeiros não permite mais apontar superfavoritos para o título da temporada 2000/2001. O Vasco e o Flamengo perderam o posto de supertimes, após mudanças nos elencos causadas por atrasos nos salários. Após dez rodadas, o Campeonato Nacional Masculino de Basquete aponta agora para o equilíbrio, evidenciado na classificação. Três equipes, o COC/Ribeirão Preto, de São Paulo, a Unit/Uberlândia, de Minas, e o Vasco, do Rio, dividem a liderança, com 19 pontos ganhos. O destaque desta quinta-feira pela 11.ª rodada do turno do Nacional vai reunir duas das equipes que vem confirmando condição de candidatos ao título. O COC/Ribeirão Preto recebe o Unit/Uberlândia, às 21 horas, em Ribeirão (com SporTV). As equipes têm campanhas idênticas, com 9 vitórias e 1 derrota. O terceiro líder é o Vasco, também com 19 pontos (8 vitórias e 3 derrotas) e um jogo a mais. A diferença entre o primeiro e o oitavo colocados deixa claro, na avaliação do técnico Aluísio Xavier, o Lula, do COC/Ribeirão, o equilíbrio. "E olha que o título pode até ficar fora do eixo Rio-São Paulo", observa Lula, referindo-se ao adversário da noite, Uberlândia. "O jogo vai definir a liderança." O técnico da Unit/Uberlândia Carlos Rodrigues, o Carlão, concorda com Lula. O andamento do Nacional aponta para o equilíbrio. A previsão de Carlão é de que o primeiro colocado da fase classificatória terá um aproveitamento de apenas 70%, cerca de 22 em 30 jogos. Acrescenta que o oitavo deverá ter um aproveitamento de 50%. "O Vasco continua sendo um time muito bom - tem seis jogadores de seleção e não podemos esquecer disso -, mas nesse campeonato não há nenhum bicho-papão, conforme mostram os resultados", acrescenta Carlão. A Unit foi o único time que derrotou o Vasco, no Rio. "Hoje temos sete, oito equipes supercompetitivas e quatro ou cinco com chances de lutar pelo título." Uma das principais surpresas para Carlão, que dirige o projeto coordenado pelo ex-treinador da seleção brasileira, Ary Vidal, é justamente o time de Ribeirão Preto, formado por jovens jogadores e sem estrangeiros. "Embora existam os favoritos no papel, algumas equipes dão mais liga que as outras e o Ribeirão é um exemplo", elogia Carlão. Sem Everaldo e Ricardo, com contusão, o técnico vai escalar a Unit com Marc Brown, Dedé, Cambraia, Savoy e Luís Fernando. Lula também devolve o elogio a Carlão, "um técnico originário de Franca e competente, que faz um bom trabalho em Uberlândia". Com Edvar Júnior, Alex, Renato, Juliano e Tiagão vai tentar a vitória, mas afirma que o próprio sistema de disputa, com dois jogos próximos, na sexta-feira e domingo, pode levar um time "do céu ao inferno" em um fim de semana.

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