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Criticada, CBB afirma estar pagando por convite ao Mundial na Espanha

Secretário-geral da Fiba não vê entidade nacional em condição de quitar sua dívida até 2016

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Por AE
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SÃO PAULO - Dois dias depois de o secretário-geral da Fiba Américas, Alberto Garcia, fazer uma dura advertência ao basquete brasileiro e cobrar um trabalho melhor da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), a entidade se defendeu nesta segunda-feira. Explicou que rejeitou sediar os pré-olímpicos pelos alto custos envolvidos e disse esperar um convite para os Jogos do Rio/2016.No trecho mais curto, mas que abre o comunicado emitido nesta segunda, a CBB garante que: "o que foi acordado entre a CBB e a Fiba para o Brasil participar do Mundial da Espanha está sendo fielmente cumprido".A Fiba Américas, porém, alega outra coisa. Na entrevista de sábado, durante evento do NBB (Novo Basquete Brasil), Garcia alegou que CBB pagou uma parte da doação à Fiba (1 milhão de francos suíços, cerca de R$ 2,6 milhões), relativa ao convite para o Mundial, e se comprometeu a quitar o restante até 2016. Mas ele não vê condições de que isso seja cumprido. "A CBB tem que mudar sua gestão. Falta-lhe credibilidade. É claro que é impensável o Brasil organizar os Jogos de 2016 e não participar no basquete. Mas essa vaga não está garantida. O Brasil terá que fazer bom trabalho no Mundial e terá que participar do Pré-Olímpico também", reclamou.A CBB respondeu que "espera que a entidade internacional mantenha o mesmo critério dos Jogos de Londres/2012 e de edições anteriores, quando convidou a seleção do país-sede para participar da competição".Garcia disse ainda que o Brasil manifestou interesse em sediar os Pré-Olímpicos masculino e feminino de 2015, mas não pagou as taxas. "A taxa de cada evento era de US$ 15 mil. Se o Brasil não tem US$ 30 mil, o que se pode dizer do basquete brasileiro?", questionou.Aqui a versão da CBB é muito diferente. "As taxas de ''sediamento'' cobradas pela FIBA Américas são de 5 milhões de dólares para o masculino e de 300 mil dólares para o feminino. Além das taxas, o ''sediante'' assume todos os custos de realização dos eventos e é responsável ainda pelos custos de sinal de satélite e transmissão de todos os jogos."O secretário-geral da Fiba Américas ficou especialmente irritado com a recusa de um convite para um torneio sub-18 feito pela Euroliga em Milão. "Há um torneio sub-18 que faz parte da programação do Final Four da Euroliga. A entidade chamou o Brasil, mas a CBB disse que não havia dinheiro". Para isso, a resposta foi de que: "A participação não fazia parte do calendário oficial divulgado pela CBB em novembro de 2013. Por se tratar de um evento novo, o convite à CBB só foi feito no início deste mês, não havendo, portanto, previsão orçamentária para suportar as despesas de preparação e viagem".

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