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Estrangeiros ganham espaço na NBA

Por Agencia Estado
Atualização:

Em 1983, a NBA tinha oito estrangeiros em todos os seus times. Hoje, o mesmo número é encontrado quando se vê uma partida entre Dallas Mavericks e Sacramento Kings, uma das semifinais da Conferência Oeste. A tendência é cada vez mais inegável. A NBA está buscando novos mercados e se internacionalizando cada vez mais. No confronto citado, o Dallas tem o alemão Dirk Nowitzky, um dos melhores jogadores da temporada, além de Steve Nash (Canadá), Eduardo Najera (México) e Wang Zhizhi (China), mais o francês Tariq Abdul-Wahad, que está contundido. O Sacramento tem Vlade Divac e Peja Stojakovic (Sérvia), Hedo Turkogli (Turquia). No total, a liga teve 52 estrangeiros de 31 países, entre eles Belize, Venezuela, Senegal e Congo. "Esta série provavelmente está chamando atenção no exterior. Garotos de todo o mundo estão sonhando com um futuro na NBA", diz Peja Stojakovic, sérvio do Sacramento. Em 2002, os não-americanos deixaram definitivamente de ser coadjuvantes. Pela primeira vez na história, um deles, o espanhol Pau Gasol, ganhou o prêmio de melhor estreante da temporada, mesmo jogando no Memphis Grizzlies, um dos piores times da liga. Cinco dos onze melhores rookies da temporada eram estrangeiros. O alemão Dirk Nowitzky ficou em sétimo lugar na votação que escolhe o melhor jogador da temporada. "Quem vê o desempenho dos estrangeiros percebe que eles não estão simplesmente jogando. Estão no nível de estrelas, como o caso de Dirk e Peja", diz Terry Lyons, vice-presidente da NBA. O negócio é bom para todo mundo. Os jogadores estrangeiros ganham experiência e padrão de jogo diferente quando entram na liga, passando a treinar e atuar contra os melhores do mundo. Por outro lado, a NBA ganha pela atenção despertada quando um país consegue ter um jogador na liga. Exemplo de Pau Gasol, primeiro espanhol a fazer sucesso na NBA. O espaço da liga na mídia espanhola após a chegada de Gasol aumentou muito, assim como a audiência das partidas e a venda de produtos licenciados na Espanha. E vem mais por aí. "Este ano será o draft dos estrangeiros", avisa o chefão da liga, David Stern, sobre os novos jogadores que vão entrar na liga na temporada 2002/2003. A nova safra de não-americanos da liga deve ser a mais badalada de todos os tempos, puxada pelo gigante chinês Yao Ming, de 2,28m, que tem grandes chances de ser o primeiro jogador escolhido no draft marcado para 26 de junho. O gigante impressionou técnicos que viram um treino dele em Chicago na semana passada e pode ter como destino o Golden State Warriors, o Memphis ou até mesmo o Chicago Bulls. O draft também deverá premiar alguns atletas sul-americanos. O brasileiro Nenê, que abandonou o Vasco em março e está treinando em Cleveland, já despertou interesse do Miami Heat e está bem cotado. O argentino Luis Scola também deve ser escolhido. A perspectiva é que a liga tenha mais de 70 não-americanos no ano que vem, uma média de mais de dois por equipe. E os jogadores nem estão fazendo mais uma experiência nas ligas universitárias antes de entrar na NBA. Apenas três dos oito estrangeiros do confronto Dallas-Sacramento passaram pela NCAA. "Isso mostra o quanto existem jogadores talentosos em todos os cantos do planeta", admite Lyons.

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