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Ex-jogadora acusa Karina por abandono

A ala Keli garante que foi renegada e move processo contra a pivô e empresária do time de Jundiaí pedindo tutela e indenização de R$ 453 mil.

Por Agencia Estado
Atualização:

Quando a ala Keli Karina Meira Barros, de 26 anos, abriu os jornais nesta quarta-feira e deparou-se com as fotos da pivô e empresária Karina beijando o técnico do Corinthians, Wanderley Luxemburgo, para comemorar a parceria por três meses com o time de Jundiaí, sentiu-se revoltada. Keli está aposentada por invalidez, resultado de uma contusão na primeira vértebra do pescoço quando atuava no Knorr/Campinas, administrado pela empresa de Karina (K. Comércio Produções e Eventos Esportivos). "Peço justiça." A atleta conta que por pouco não ficou tetraplégica após cotovelada involuntária da pivô Marta no treino da equipe. O acidente aconteceu em 5 de janeiro de 2000 e seu contrato terminaria dia 15. Segundo Keli, admitida no time em agosto de 1999, Karina pagou seu tratamento de fisioterapia e o salário (R$ 1 mil) até setembro. "Depois fui largada", declarou. "O problema é que não posso mais jogar, minha conta está estourada e meu nome no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito)", disse a ala, que ainda sente dores no pescoço. Até hoje faz fisioterapia na Physiosport, em Campinas. De graça, pois não tem como pagar. Mora com a mãe, Maria Idida, de 63 anos, costureira, e o irmão, Emmanuel, de 36 anos, professor de computação. A renda familiar é R$ 1,1 mil e o aluguel do apartamento, R$ 360. Keli entrou em 17 de outubro com uma ação na Justiça de Campinas, 7ª Vara Cível, pedindo tutela antecipada (R$ 2,3 mil, valor do tratamento e salário da época) e a indenização (R$ 453 mil) contra a empresa de Karina e a Knorr (Refinações de Milho Brasil). Seu advogado, Pedro Augusto Adib, explica que pela Lei Pelé, Keli teria direito a 12 meses, pelo seguro médico obrigatório - que a atleta não tinha -, além da indenização por acidente de trabalho. "Ela está desassistida. Não tem dinheiro nem para comer." Karina, que ainda procura patrocinador, disse que responderá na Justiça, fórum escolhido por Keli para defender-se. "Cem atletas passaram pela minha empresa e só ela está reclamando. Pergunte para as outras 99 como trabalho", observou Karina, que lembrou ter pago cirurgia da ala Leila Sobral, contundida com a seleção no Pan-Americano de Winnipeg, em 1999. Time para Paula? - O ex-supervisor da seleção brasileira Waldir Pagan Peres está articulando com o prefeito de Salto (SP), Pilzio Dillelis, a criação de novo time para o Paulista, no segundo semestre. A atração estaria na comissão técnica: Magic Paula estreando como assistente técnica de Sérgio Maroneze, campeão mundial e vice-campeão olímpico como assistente.

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