Leila Sobral está de volta às quadras

A ala-pivô ficou ausente 3 anos e 7 meses e está disposta a reencontrar a boa forma no Santo André, que a acolheu para disputar os Campeonatos Paulista e Nacional.

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Por Agencia Estado
Atualização:

Leila Sobral, uma das mais talentosas ala-pivô do basquete brasileiro, está de volta às quadras, após uma ausência de 3 anos e 7 meses e uma gravidez - o filho Davi tem 9 meses. Está disposta a reencontrar a boa forma no Santo André, que a acolheu, disputar os Campeonatos Paulista e Nacional e, quem sabe, voltar à seleção brasileira, com a qual foi campeã mundial (1994) e vice olímpica (1996). Leila, de 1,86 m, aos 28 anos, foi apresentada, hoje, como reforço do time, apoiado pela Prefeitura de Santo André, mas que ainda procura patrocínio. A técnica Laís Elena Aranha disse que ficou "arrepiada" quando Leila apareceu num treino, na arquibancada do Ginásio Pedro Del?Antonia, carregando o filho no colo. "Dei sinal para ela descer para a quadra. Fiquei emocionada quando disse que queria voltar. Começou aqui, aos 7 anos." Leila treina há três semanas e poderá estrear no Paulista em 20 dias. "A baixinha me recebeu com carinho", refere-se à Laís. Vários foram os motivos que afastaram Leila. Uma lesão no joelho direito - com cirurgia e longa recuperação. Um processo contra o Comitê Olímpico Brasileiro, de ressarcimento de prejuízos por ter parado após a contusão nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, em 1999. "A cirurgia foi paga pela Knorr, o meu time." Uma dispensa da WNBA, antes do fim do contrato, e os salários que não recebeu na passagem pelo grego Panathinaikos. Outros vários motivos trouxeram Leila de volta, mais madura. Tem "convicção de que hoje é uma pessoa melhor", que o nascimento do filho a fortaleceu como pessoa e que precisa voltar a ter uma profissão que, no seu caso, é jogar basquete. E a ter salário. "Mas acho que estou voltando por mim. Minha carreira não poderia terminar assim, incompleta." Leila, que está com 60% de sua forma física, não precipitará o retorno, mas não esconde que está ansiosa para ser escalada para uma partida oficial, que não disputa desde 1999. Mágoas? Garante que não sobraram. "Não quero complicações", afirma, apesar do processo contra o COB. "Esse é um caso de direito, não é nada contra ninguém."

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