Nenê ganha destaque no basquete

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Por Agencia Estado
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O nome esquisito - Maybyner Rodney Hilário - levou o pivô caçula da seleção brasileira de basquete a ganhar logo um apelido: Nenê, comum para quem era o mais jovem da turma. Nenê, de 18 anos, 2,05 metros e 95 quilos, é um dos destaques na renovada seleção de Hélio Rubens Garcia, que nesta segunda-feira entra em quadra para tentar vencer a Argentina. O jogo será às 22 horas (com ESPN Internacional), pela Copa América - Pré-Mundial, em Neuquén, Argentina. No sábado, o Brasil derrotou o Uruguai por 90 a 67, com 16 pontos do lateral Márcio. Neste domingo, foi dia de folga. Uma vitória nesta segunda-feira, deixaria o Brasil perto de uma das cinco vagas em disputa para o Mundial de Indianápolis, em 2002. O Brasil tem a hegemonia, no continente sul-americano, sobre os rivais argentinos em vários esportes. Mas no basquete masculino, a seleção tem levado a pior nos últimos anos. Desde 1997, venceu apenas 6 das 19 partidas disputadas - as duas últimas derrotas foram este mês, no Sul-Americano. Nenê não sabe se será escalado entre os titulares. "O professor vem revezando", explica. Mas o fato é que tem entrado no time constantemente, no revezamento entre os pivôs, e chama a atenção dos rivais, do público e dos agentes por causa da qualidade técnica e das enterradas. "Sou um ótimo reboteiro e adoro dar umas enterradas. É legal e empolga o público. Mas ainda me falta confiança no arremesso. Prefiro o passe." Ele vê a seleção como "uma vitrine" e também como a chance de adquirir experiência internacional. "É como uma escola", afirma Nenê, que tem convite para jogar na Espanha. O jogador tem o perfil procurado pelo mercado europeu - jovem e alto -, mas observa que terá de cumprir os dois anos de contrato com o Vasco antes de seguir para a Europa. Esquisitice - O pivô, que nasceu em São Carlos, interior de São Paulo, escolheu o basquete aos 10 anos, depois de praticar vários esportes, fazendo recreação em um programa de sua cidade. Maybyner (a irmã chama-se Mayaramir e o irmão, Michael) é uma mistura da grafia dos nomes de dois primos, Williner e Webiner, mas começando com eme, a letra escolhidas pelos pais, José Paulo e Carmem, para o nome de batismo dos filhos. "O Rodney foi para dar um tchan", ressalta, admitindo, no entanto, que todos só o chamam de Nenê.

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