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Nenê se defende de críticas por dispensas da seleção

Pivô critica federação e defende que precisa primeiro pensar em sua saúde

Por AE
Atualização:

WASHINGTON - A eliminação da seleção brasileira masculina de basquete na primeira fase da Copa América da Venezuela, após resultados vexatórios como as derrotas para Uruguai e Jamaica, deflagrou uma crise na equipe. O técnico Rubén Magnano assumiu a culpa pelo acontecimento, mas a dividiu com os jogadores que pediram dispensa do campeonato, como o pivô Nenê. O atleta do Washington Wizards, da NBA, é constantemente criticado pelos inúmeros pedidos de dispensa da seleção, mas se defendeu."Às vezes é falta de comunicação, eles (Confederação Brasileira de Basquete) passam a informação de qualquer jeito. Quando vou para a seleção, dou meu melhor porque é o nome do meu País que estou representando. No passado pedi dispensa por causa de lesões, de coisas maiores, passei por câncer, não pude estar na seleção", declarou, em entrevista à TV Globo.Em 2008, Nenê foi diagnosticado com um tumor nos testículos, mais um dos problemas físicos enfrentados por ele nos últimos anos. Para esta Copa América, o jogador pediu dispensa alegando uma lesão no joelho direito e a fascite plantar no pé esquerdo, que vem o acompanhando nas últimas temporadas. Apesar das críticas, Nenê garante manter o carinho e a preocupação com a seleção."Passei por muita coisa no basquete brasileiro, muita emoção, sofrimento. Isso tudo contou como aprendizado, por isso estou onde estou. O basquete brasileiro evoluiu muito. Lembro que disse que estávamos no caminho errado, que precisávamos de técnico estrangeiro, de mais estrutura, e isso tem acontecido. Tudo que eu fiz foi para o melhor da seleção. Nas decisões que tomo, primeiro tenho que pensar em mim, na minha família, na minha saúde. Não posso fazer loucuras", disse.O jogador ainda afirmou ter feito uma dessas "loucuras" nos Jogos Olímpicos do ano passado, quando, segundo ele, não deveria ter ido a Londres justamente por causa da fascite plantar. "Na Olimpíada fiz uma loucura, mas olhei no olho do técnico, vi que ele tinha confiança em mim, eu tinha nele, e não quis deixar o grupo na mão. Graças a Deus foi tudo bem, o grupo era maravilhoso", lembrou.

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