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Oscar bate recorde mundial de pontos

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Por Agencia Estado
Atualização:

O ?mão santa? Oscar Schmidt, aos 43 anos, é o cestinha, de todos os tempos, do basquete mundial. Neste sábado, no Maracanãzinho, Rio, em um Fla-Flu tumultuado, com briga entre jogadores e na torcida, Oscar superou a marca do lendário pivô Kareen Abdul-Jabbar, que jogou 20 anos na NBA, e deixou as quadras com 46.725 pontos. Muito ansioso, Oscar, que entrou em quadra com 46.723 pontos na carreira, fez apenas dois pontos, em lances livres, no primeiro quarto da partida, igualando a marca de Kareen. Aos 54 segundos do segundo quarto, em um arremesso da linha de dois pontos, passou a ser o novo recordista mundial de pontos, quando fez 46.727 pontos. Na partida, Oscar marcou 17 pontos, soma agora 46.740 na carreira. Mas o Fla-Flu, depois de muitas desqualificações, terminou com apenas 8 jogadores em quadra (3 do Fluminense e 5 do Flamengo). A vitória foi do Flamengo por 108 a 106. "Não é legal ganhar assim", afirmou Oscar. O público precisou de um pouco mais de dez minutos para ver o recorde. Preocupado em jogar para Oscar, o Flamengo esqueceu da partida e o clima tenso levava aos erros. O nervosismo, mais a boa marcação do garoto Diego, fizeram Oscar errar as três tentativas - duas da linha de três e uma da linha de dois -, sem acertar, no primeiro quarto. O cestinha teve apenas dois pontos, com os lances livres. Logo no início do segundo quarto, Oscar fez o recorde, dando o 26.º ponto da partida ao Flamengo - o placar marcava 33 para o Fluminense. Imediatamente, o jogo foi interrompido para homenagens - o que mais fez Oscar chorar foi a surpresa da presença do filho Felipe, de 15 anos, que veio dos Estados Unidos. O garoto mora, estuda e joga em Saint Pertersburg e chegou ao Brasil, neste sábado, sem o pai saber. "Estou feliz, um recorde desse, mundial, e ainda ele é meu pai", disse Felipe, que estava de combinação com a mãe, Cristina, e se escondeu, na casa de amigos, até o momento do jogo. Além da mulher, de Felipe e da filha Stephanie Oscar agradeceu seus ex-técnicos, companheiros, adversários e torcedores. Recebeu várias placas e camisas, do Flamengo e do Fluminense, ambas com o número 14. A festa foi organizada pela Federação de Basquete do Rio e os clubes. Chorando sem parar, Oscar dividiu o momento com o público. "Isso vai para os brasileiros que gostam de mim. Quem não gosta, paciência. É a coisa mais linda do mundo estar com meus filhos, minha mulher. É maravilhoso ter um momento desses, diante dessa torcida, batendo uma marca que é o resumo de uma carreira de 26 anos." O jogo teve dois momentos muito diferentes. O primeiro tempo foi de festa. E o segundo de muita confusão, que se seguiu após uma agressão de Marcelinho, do Fluminense, ao juvenil Pedro, do Flamengo. Oscar viu de longe, com fisionomia triste, a violência, paralisação da partida, briga na arquibancada e a expulsão de todos os jogadores que estavam no banco de reservas. Apenas dez atletas, cinco de cada time, permaneceram em quadra e, no fim, após estourar limite de faltas apenas oito atletas. E a CBB? - Oscar ganhou placa até da ESPN/Brasil, mas a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) e o presidente Gerasime Grego Bozikis não participaram da homenagem. No ano passado, Grego chegou a antecipar a sua eleição à frente da entidade para não correr o risco de Oscar ter tempo de articular uma chapa de oposição.

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