Patrocínio na camisa 'assombra' comissário da NBA

David Stern garante que a Liga 'não está à venda', mas teme que crise financeira possa mudar os rumos

PUBLICIDADE

Por Alan Rafael Villaverde
Atualização:

LOS ANGELES - "A NBA não está à venda". Esta foi a declaração do comissário da liga, David Stern, ao ser indagado sobre a possibilidade das equipes aderirem ao patrocínio em suas respectivas camisas, algo que não acontece nos principais campeonatos esportivos dos Estados Unidos.

 

 

PUBLICIDADE

Acompanhando as finais da NBA, entre o Los Angeles Lakers e o Orlando Magic, Stern teve de afirmar que a liga ainda não pensa em patrocínio na camisa dos clubes, algo que começou a ser feito na liga de basquete feminina, a WNBA, que iniciou sua temporada no último sábado, em Los Angeles. "Eu não sei se vamos ver isso [na NBA] em breve, mas eu fico feliz pela WNBA por ter conseguido o patrocínio necessário para se manter em operação", comentou.

 

Nesta temporada, pelo menos 16 franquias da NBA pediram ajuda financeira ao escritório central, em Nova York, para manter suas contas em dia. Inclusive o Orlando Magic, time que faz a final com o Los Angeles Lakers, precisou de respaldo financeiro da liga.

 

Mesmo assim, Stern ainda reluta contra a ideia de aderir ao patrocínio na camisa, mas confessou que negociará, se a situação financeira das franquias piorar. "Nós vamos estudar quando o momento for certo. Eu recentemente vi que o Manchester United fechou um novo patrocínio para sua camisa. Se você tiver uma oferta que realmente seja boa, tudo bem, aí sim pode-se estudar", afirmou Stern, que concluiu: "Por enquanto, a NBA não está à venda".

 

A NBA contava com uma final entre Los Angeles Lakers e Cleveland Cavaliers para arrecadar mais fundos, já que teria o esperado empate entre as principais estrelas da liga no momento, Kobe Bryant, pelos Lakers, e LeBron James, pelos Cavs. Stern não lamentou a não presença de James na final. "Apesar da crise financeira mundial, conseguimos manter o nível da NBA e sua excelência. Nestes playoffs, nada menos do que 215 países transmitirão as finais, o que mostra a nossa força".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.