O presidente da Confederação Brasileira de Basquete, Guy Peixoto, explicou o que considera como as principais razões do fracasso da seleção feminina de basquete na Copa América. A equipe perdeu a chance de disputar o Mundial ao ser derrotada por Porto Rico na disputa pelo terceiro lugar na Copa América no último domingo. Será a primeira vez que o país não disputará o torneio desde 1959.
"O resultado só expõe como o naipe feminino foi tratado pela gestão que nos antecedeu, com oito anos de total descaso e sem nenhum trabalho efetivo para que esse panorama mudasse" afirmou, em nota oficial.
"Tivemos de nos desdobrar para que esta seleção brasileira feminina pudesse entrar em quadra, já que não havia recurso destinado para essa finalidade; pior do que isso, sem nenhuma perspectiva de entrada, já que hoje a nossa entidade não conta com patrocinadores ou mesmo apoiadores, além de não estar recebendo as importante e necessárias verbais federais, devido a problemas herdados da administração passada", acrescentou. Peixoto ressalta que o Brasil somente conseguiu disputar a competição devido a uma parceria com a prefeitura de Pindamonhangaba e com a equipe de vôlei FUNVIC, mas que a preparação ainda não foi a adequada por falta de tempo. Mesmo assim, parabenizou a garra das atletas. Além disso, o presidente projetou o futuro da organização. "Com a não conquista da vaga, o momento é de profundas análises, envolvendo os setores mais importantes do naipe feminino, para que possamos traçar o planejamento de um novo ciclo olímpico, enfocando a base e a massificação do esporte", disse Peixoto, acrescentando que é necessário aumentar o número de praticantes jovens de basquete para levar a uma renovação da seleção. Por isso, diz que não adianta antecipar etapas. Guy Peixoto assumiu a presidência da Confederação Brasileira de Basquete em março de 2017, com um mandato de quatro anos. Quando assumiu, o Brasil estava proibido de disputar torneios internacionais pela Federação Internacional de Basquete (FIBA), devido a problemas financeiros e de gestão na entidade nacional. A liberação para disputar veio apenas em junho de 2017.